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Carlinhos e mais 4 motivos que provocaram a demissão de Ricardo Gomes

Ricardo Gomes deixou o comando do São Paulo antes do fim do Brasileiro  - Robson Ventura/Folhapress
Ricardo Gomes deixou o comando do São Paulo antes do fim do Brasileiro Imagem: Robson Ventura/Folhapress

José Eduardo Martins e Luis Augusto Simon

Do UOL, em São Paulo

24/11/2016 06h00

O anúncio da demissão de Ricardo Gomes no São Paulo, na quarta-feira, pegou todo mundo de surpresa. Apesar de o técnico estar ameaçado, quase ninguém apostaria que ele perderia o emprego antes do fim do Campeonato Brasileiro.

O comunicado público de que ele não seria mais o comandante do Tricolor em 2017 foi feito depois do treino, no CT da Barra Funda. O técnico, ciente de que não faria mais parte do planejamento para a próxima temporada, deixou o cargo, que será ocupado pelo assistente Pintado nas duas últimas rodadas.

Alguns motivos fizeram com que essa decisão fosse tomada pela diretoria antes do esperado. Além do desempenho do ruim do time, fatores fora de campo de jogo também pesaram. Veja abaixo quais motivos tiraram Gomes do São Paulo.

'Ressuscitar' Carlinhos

A entrada de Carlinhos no jogo contra o Grêmio, na última semana, pode ser vista como a gota d'àgua para a saída de Gomes. O lateral esquerdo não faz parte dos planos para 2017 e estava perto de um acerto com um outro clube. Porém, ao substituir Luiz Araújo, o ala teve desempenho ruim e passou a ser alvo de vaias da torcida. Desta maneira, ficou mais difícil de negociá-lo, pois, ao perceber a situação quase insustentável do jogador no Tricolor, os interessados passaram a barganhar.

Pressão política

Alguns conselheiros criticavam há tempos o desempenho de Ricardo Gomes. Para eles, o treinador não apresentava as características necessárias para comandar o São Paulo. Como o clube terá eleições presidenciais em abril de 2017, não era interessante, também, o atual mandatário Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, ficar indisposto com parte do Conselho.

Torcida

Nas arquibancadas, os são-paulinos cansaram de mostrar a sua insatisfação com o treinador. Além das vaias e das críticas pela performance ruim da equipe, até mesmo o fato de Ricardo Gomes ter sofrido um AVC servia de base para o questionamento de alguns torcedores, que não viam Gomes em condições de dirigir um time como o São Paulo. É importante ressaltar que tal preconceito irritou a diretoria do São Paulo, que sempre deu apoio ao ex-técnico neste sentido. 

Rogério Ceni

O clube queria se ver livre para poder negociar com o ex-goleiro. Ídolo da torcida, o ex-jogador não esconde a intenção de um dia dirigir o time e fez até curso na Inglaterra para poder virar técnico. Agora, ele é o favorito para assumir o cargo.

Resultados ruins

É inegável que o desempenho da equipe ficou muito abaixo do esperado. O São Paulo neste ano não conseguiu nem sequer uma sequência de três vitórias. Sob o comando de Gomes, o time jogou 18 partidas, ganhou seis, empatou cinco e perdeu sete.

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