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Clubes fazem lobby, mas CBF mantém veto a venda de mando de campo no BR

Estádio Mané Garrincha recebia jogos com mandos de campo vendidos no Brasileiro - Gilvan de Souza/Flamengo
Estádio Mané Garrincha recebia jogos com mandos de campo vendidos no Brasileiro Imagem: Gilvan de Souza/Flamengo

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/04/2017 04h00

A CBF não irá mudar as decisões tomadas no conselho técnico para o Campeonato Brasileiro desta temporada. Apesar do lobby de alguns clubes nos bastidores, a entidade respeitará a decisão do encontro realizado em fevereiro: venda de mando de campo está vetada para o torneio que começa em maio e uso de gramado sintético está proibido a partir do Brasileiro de 2018.

Votada no conselho, as decisões desagradaram especialmente Flamengo, Atlético-PR e Fluminense. Diante da situação adversa, as três diretorias começaram a se movimentar para reverter a questão.

No último dia 7, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, falou ao Blog do Rodrigo Mattos sobre o caso. “Temos ciência de um movimento de alguns clubes neste sentido”, revelou.

Tal movimento, porém, não surtiu efeito. Respaldada pelo Estatuto do Torcedor, a CBF não mexerá no regulamento do Brasileiro às vésperas do início do campeonato.

Estatuto do Torcedor

O próprio Manoel Flores explicou ao UOL Esporte a decisão. Segundo ele, não é possível reverter tal questão no regulamento a menos de 45 dias do início de uma competição.

Evitando um desgaste jurídico com clubes que não concordariam especialmente com a mudança sobre o veto a mando de campo, a Confederação decidiu tirar o assunto da “pauta” e manter as decisões do conselho técnico.

Com a decisão mantida, os clubes não poderão atuar fora dos seus estados – de olho em um maior faturamento –, como vinham fazendo nos últimos anos.

Em 2016, pressionada, a CBF proibiu a prática nas rodadas finais. Clubes de menor porte vendiam os mandos e acabavam atuando em centros que permitiam maior torcida a clubes como o Flamengo.