Ovacionado, Bolsonaro quebra protocolo e faz festa do Palmeiras de palanque
A presença do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no jogo da entrega da taça do Campeonato Brasileiro ao Palmeiras no último domingo (2), que terminou com triunfo por 3 a 2 sobre o Vitória, extrapolou o protocolo inicial previsto pelo clube. Ao participar da cerimônia no gramado a convite da CBF, dar medalhas aos jogadores, erguer o troféu com o elenco e fazer até a volta olímpica com o time, o político - que foi ovacionado pela maioria dos 41 mil presentes ao Allianz Parque - fez da festa alviverde um palanque por alguns minutos.
A diretoria do Palmeiras convidou Bolsonaro para assistir ao jogo depois que o presidente eleito parabenizou via Twitter a conquista da equipe no domingo passado, após vitória sobre o Vasco em São Januário. O capitão da reserva, aliás, já havia cogitado ir à partida no Rio de Janeiro, mas acabou desistindo por questões de segurança. Já no Allianz, chegou em carro da Polícia Federal com escolta por volta das 15h.
A princípio, Bolsonaro apenas acompanharia o jogo do camarote da presidência, ao lado do mandatário palmeirense Maurício Galiotte, da conselheira e patrocinadora Leila Pereira e de outros convidados ilustres, como o ex-goleiro Marcos. O presidente eleito também participou de almoço com dirigentes da CBF e visitou o vestiário do Palmeiras antes do jogo, onde recebeu uma continência e um abraço do técnico Luiz Felipe Scolari.
No camarote com Bolsonaro, também estavam o presidente da CBF, coronel Antônio Carlos Nunes, e o presidente eleito da entidade, Rogério Caboclo, que assume o cargo no ano que vem. Partiu deles a iniciativa de levar o político para a entrega do troféu no gramado após a partida, já que a confederação é a responsável por esse evento. O Palmeiras, até por cordialidade, nem cogitou se opor, e o convidado desceu com os dirigentes para o campo.
Com uma camisa do Palmeiras com o número 10 às costas que recebeu da diretoria, Bolsonaro foi exaltado pela grande maioria do público. "Mito, mito" e "Ei, Lula, vai tomar no c..." foram alguns dos gritos ouvidos enquanto o presidente eleito fazia seu característico gesto de armas com as mãos no palco montado no centro do gramado. Houve também algumas vaias, abafadas pela maior parte dos presentes, e um tímido protesto do lado de fora, com cartazes que mostravam o político vestindo a camisa de vários times diferentes.
Coube a Bolsonaro e ao seu correligionário Major Olímpio, senador eleito por São Paulo e corintiano, entregar as medalhas de campeão aos jogadores do Palmeiras. Quase todos cumprimentaram e abraçaram o presidente eleito. O político apareceu em praticamente todas as imagens do time erguendo o troféu no palco, tirou fotos com atletas - como Felipe Melo, apoiador declarado de suas ideias - e participou até da volta olímpica do elenco, quando os jogadores percorreram o gramado exibindo a taça à torcida. Depois, disso, foi embora, não participando da festa para atletas, familiares e convidados que fechou a noite no anfiteatro do Allianz Parque.
O presidente Maurício Galiotte afirmou após a cerimônia, quando Bolsonaro já havia ido embora, que a presença do político no gramado foi uma determinação da CBF. Em setembro, durante a campanha eleitoral, o clube declarou "neutralidade em questões políticas e partidárias" em uma nota oficial, após Felipe Melo ter dedicado um gol a Bolsonaro em um jogo contra o Bahia.
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