Três vitórias e um empate bastaram para que o Náutico começasse a Série B como um dos times que causam mais preocupação aos adversários. A equipe contratou 17 jogadores para tentar voltar à elite do futebol nacional nesta temporada, mas além de ter um grupo de qualidade o técnico Alexandre Gallo destacou outro ponto como fundamental para esta boa campanha: a obediência tática dos atletas.
“Coloco isso (obediência tática) como um dos fatores, mas tudo começa com uma boa semana de trabalho e uma integração com a gente, com tudo aquilo que estamos pedindo. Os jogadores têm prestado bastante atenção nas informações que estamos passando dos adversários e, principalmente taticamente, tudo aquilo que temos pedido tem sido cumprido à risca. É um grupo extremamente obediente em todos os setores”, explicou Gallo.
Tudo isso que o treinador falou pode ser avaliado dentro de campo, o time joga de maneira ofensiva, com três atacantes, mas isso não compromete a defesa, que sofreu apenas quatro gols na competição. Outro fator que ajuda o Náutico na competição é a determinação do elenco que já teve quatro jogadores expulsos, o que obriga os atletas que estão dentro de campo correr ainda mais para suprir a inferioridade numérica.
Isso mostra que Gallo conseguiu resolver o problema que mais reclamou quando chegou a equipe, o preparo físico dos jogadores, que começou a ser mais trabalhado após a eliminação do Náutico na Copa do Brasil e os frutos deste trabalho começado há cerca de três meses estão sendo colhidos agora. “O momento atual é um somatório de decisões e programações que elaboramos cerca de 20 dias antes da fase final do Campeonato Pernambucano.”
Para a partida desta sexta-feira, contra o América-RN, às 21h (de Brasília), no estádio dos Aflitos, o técnico Alexandre Gallo não poderá contar com o volante Tinga, que foi expulso pela segunda vez na competição. Além dele, o goleiro Gledson deu mal jeito nas costas após fazer uma defesa contra o Figueirense e como ainda sente o local é dúvida. Mas os desfalques não preocupam o treinador, que considera isso normal em uma competição longa.
“Em um campeonato de 38 jogos com certeza vão existir mudanças. Em algumas partidas vamos optar por um atleta ou outro e quando você perde dois atletas, não se muda o sistema, não altera o ímpeto da equipe, então não é uma mudança muito grande. Mas sempre você tenta manter o máximo possível do time porque dá mais conhecimento e ganho técnico. Isso tem acontecido com a gente”, declarou.
O elenco do Náutico se reapresenta ao técnico Alexandre Gallo na tarde desta quinta-feira e fará a última movimentação antes do duelo contra o América-RN. Neste trabalho, o treinador deve confirmar Rodrigo Carvalho como substituto de Gledson, caso ele seja vetado, e se escala Rodrigo Pontes ou Ramirez como volante, no lugar de Tinga.
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