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Série B - 2019

Perante 88 pagantes, Guaratinguetá empata com o Figueirense e segue em risco

Do UOL Esporte

Em São Paulo

20/11/2010 18h48

Não deu resultado a decisão de dizer adeus à cidade de Guaratinguetá antes mesmo do fim da Série B. Por conta do empate em 2 a 2 com o Figueirense neste sábado em Bragança Paulista, o Guaratinguetá segue vivendo o pesadelo da ameaça de queda para a terceira divisão do futebol brasileiro na próxima temporada, quando já estará usando o nome de sua futura cidade-sede: Americana.

Apenas 88 pessoas pagaram para ver o duelo no Nabi Abi Chedid, praticamente todos torcendo contra o time da “casa”, entre catarinenses e torcedores do Guaratinguetá revoltados com a mudança de sede.

Com 44 pontos, o Guaratinguetá ainda pode ser ultrapassado pelo Brasiliense e pelo América-RN, dois primeiros times dentro da zona de rebaixamento. Para não depender de ninguém, precisa vencer o campeão Coritiba, que estará fazendo, na última rodada, a festa pelo título perante sua torcida. Se tropeçar, torce para que Vila Nova ou Brasiliense também não vençam.

Se não cair, não será graças a esta reta final. Nos últimos 12 jogos – nove dos quais depois de oficializar a mudança para Americana – o Guará só conseguiu uma vitória e quatro empates, somando sete derrotas no período.

Já o Figueirense fica mais longe de atingir a sua nova meta, que era ser vice-campeão da Série B. Com 64 pontos, vê o Bahia com 65 e precisa, além de vencer o Paraná na última rodada, torcer por um tropeço dos baianos frente ao Bragantino fora de casa.

O jogo

Antes de se transferir do Vale do Paraíba para Americana, cidade que passará a ser sua sede em 2011, o Guaratinguetá resolveu fazer uma escala em Bragança Paulista, cidade que fica no meio do caminho, mas mais próxima de Americana. A explicação oficial foi o furto de cabos elétricos do sistema de iluminação do estádio Dario Rodrigues Leite, o que deixaria a partida sem a luz artificial necessária.

Na prática, porém, aparece o desejo da diretoria do Guaratinguetá de se afastar dos torcedores daquela cidade. Revoltados com a mudança de sede para Americana, eles compareceram ao Dario Rodrigues Leite para protestar, vaiar o time da casa, e apoiar sempre os adversários.

A mudança para o Nabi Abi Chedid teve pouco efeito prático. Apesar dos 200km que separam Guaratinguetá de Bragança Paulista, vários torcedores pegaram a estrada se dirigiram ao estádio bragantino para protestar contra o Guará e seus dirigentes.

Com a falta de objetivos do Figueirense nesta reta final da Série B, o primeiro tempo de jogo foi muito sonolento. Com melhor qualidade técnica, o time visitante não impunha seu jogo e o Guaratinguetá, em péssima fase e assustado com a possibilidade de cair à Série C, também não fazia uma partida consistente.

Ainda assim, era o Guaratinguetá que jogava melhor e criava algumas poucas chances. Aos 7min, Régis bateu cruzado da direita da área e obrigou Wilson a fazer boa defesa. Aos 12min, nova defesa do goleiro, em cobrança de falta de Crivellaro.

Recompensado pela maior vontade de jogar, o Guaratinguetá abriu o placar aos 45min. Régis cruzou da direta e achou Renato Peixe sozinho no segundo pau. O volante só teve o trabalho de escorar para o gol vazio e colocar o time da casa na frente.

Com outra postura, o Figueirense chegou ao empate aos 17min do segundo tempo. Pedro Carmona, que havia entrado no intervalo no lugar de Túlio, bateu falta com força, acertou o canto do goleiro Saulo e igualou.

Logo em seguida, porém, o Guaratinguetá voltou à frente. Serginho, que havia acabado de entrar no lugar de Crivellaro, marcou logo no seu primeiro toque na bola. Aos 40min, Lucas voltou a empatar o jogo