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Série B - 2019

Presidente da Ponte analisa tombamento do Moisés e fala do Projeto Arena

Estádio Moisés Lucarelli, na cidade de Campinas - Divulgação
Estádio Moisés Lucarelli, na cidade de Campinas Imagem: Divulgação

Do UOL Esporte

Em São Paulo

13/06/2011 13h13

O presidente pontepretano Sérgio Carnielli concedeu entrevista ao grupo RAC na última sexta-feira. Entre os principais temas discutidos, o cartola alvinegro revelou que é a favor do tombamento do Moisés Lucarelli e fez algumas críticas em relação ao fato de o Condepac querer tombar grama, muro e arquibancada. Carnielli esclareceu ainda detalhes do Projeto Arena e falo que todo dinheiro da venda do Majestoso será investido neste empreendimento.

“A Ponte e toda sua diretoria aceita e concorda com conservar o que é histórico, isso não somos contra. A fachada, por exemplo, é história, o resto não: não podemos aceitar tombar muro e concreto de arquibancada, esse seria um tombamento inútil, que prejudica a coletividade. Imagine o estádio cercado e abandonado, como muito patrimônio tombado pelo Brasil afora, isso inclusive iria além da Ponte, prejudicaria e desvalorizaria a região”.

“Não queremos macular a história e nem deixar de nos modernizarmos, esse é o objetivo. Respeitamos o Condepac e sabemos que o trabalho do órgão é sério, mas esperamos sinceramente que se opte por preservar o que realmente é história caso isso ocorra. Repito: a fachada, a frente do Estádio, isso é histórico. Agora, tombar grama, muro e arquibancada não faz sentido”, completou o presidente, que em seguida falou sobre o Projeto Arena.

“O futebol vai fazer parte, mas um clube moderno não pode ter um monumento para usar duas, três vezes por mês só para isso. Já estamos em contato com duas produtoras de shows para ter 10 a 15 shows por ano na Arena. Teremos um hotel em anexo, um espaço de quatro mil metros quadrados para feiras e eventos, restaurantes, lazer, serviços, museu, salas para comércio, estacionamento para quase 3 mil vagas”, explicou.

“Tudo isso vai reverter em renda para montar um time forte de futebol. Com a Arena funcionando vamos poder triplicar o orçamento do futebol, ter uma folha de R$ 2 mi por mês, trazer jogadores que ganhem R$ 100 mil, R$ 150 mil por mês. A Arena vai nos dar condições financeiras para efetivamente competir com os chamados “grandes” de São Paulo e do Brasil”, disse. O presidente pontepretano esclareceu ainda que o dinheiro da venda do Moisés Lucarelli vai ser exclusivamente direcionado para as obras da Arena.

“Tem gente por aí falando que os valores da venda do Majestoso virão para o meu bolso, o que é ridículo. Esse dinheiro é da Ponte e vai para a Arena, uma coisa não sai sem a outra. Nenhum contrato foi assinado, o que temos são pré-contratos. Pretendem nos pagar R$ 70 milhões pelo Majestoso, mas eu acho inclusive que esse valor pode aumentar, pois essa é a oferta que foi assinada lá atrás”, completou o cartola alvinegro.