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Série B - 2019

'Pelé branco', Lúcio Flávio tenta resgatar carreira na 2ª divisão pelo Paraná

Lúcio Flávio teve atuação apagada no Vitória. Meia quer provar que ainda pode ser útil - Bernardo Gentile/UOL Esporte
Lúcio Flávio teve atuação apagada no Vitória. Meia quer provar que ainda pode ser útil Imagem: Bernardo Gentile/UOL Esporte

Fernando Stella

Do UOL, em São Paulo

22/06/2012 06h05

Lúcio Flávio busca um recomeço na carreira. Aos 33 anos, o meia, que chegou a ser chamado de ‘Pelé branco’ em sua curta passagem pelo futebol mexicano, reestreia no Paraná, time que o revelou na década 90. E o reinício está marcado para esta sexta-feira, às 21h, diante do Joinville, na Vila Capanema, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

AUGE DA CARREIRA FOI NO RIO

Viveu seu auge no futebol nacional com a camisa alvinegra do Botafogo, principalmente na primeira passagem, quando foi contratado para ser o ‘cérebro’. Chegou a conquistar duas edições do Campeonato Carioca (2006 e 2010). Foi também no futebol do Rio que teve sua principal lesão no joelho, em 2006, que o afastou dos gramados por sete meses. No entanto, acabou sendo muito vaiado pelo torcida em sua última passagem pelo time.

“É um reinício da minha carreira. Sonho em resgatar aquele futebol da época do Botafogo. Estava muito tempo longe do clube [Paraná]. É uma nova oportunidade para mim em um clube que também sonha em voltar a ter destaque no cenário nacional”, disse o meia ao UOL Esporte. Seu contrato vai até o final de 2013.

Aliás, faz tempo que o meia não consegue reeditar o desempenho daquele jogador considerado fundamental em sua primeira passagem pelo Botafogo de 2006 a 2008. Chegou a ser chamado de ‘cérebro’ em um time que ainda tinha Jorge Henrique e Dodô. Desta forma, despertou desejo em diversos clubes. Foi para o Santos, onde decepcionou, assim como havia feito anos antes no São Paulo.

“Fui contratado a partir de um projeto do técnico Márcio Fernandes. Quando cheguei, ele ficou pouco tempo no comando e acabou sendo trocado pelo Vagner Mancini. A partir daí, não tive uma sequência. É muito complicado jogar poucos minutos e, em outros jogos, ficar no banco”, explicou.

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    Lúcio Flávio também tentou a sorte em São Paulo. Jogou no São Caetano (04/05), São Paulo (01/02) e Santos (2009). Só teve certo destaque no ABC, quando conquistou o campeonato paulista, em 2004. No Tricolor do Morumbi, teve passagem apagada. O mesmo aconteceu quando defendeu o Santos. Teve problemas com mudança de comissão técnica e ficou pouco tempo.

 Nos últimos tempos, as escolhas não foram nada acertadas. Tentou a sorte no Atlas-MEX (2011). Chegou com muita expectativa, uma vez que um repórter o apelidou de ‘Pelé branco’. Mais uma vez decepcionou. Acabou sendo pouco aproveitado e retornou ao Brasil. A mudança de comissão técnica também foi determinante para sua saída.

Depois disso, decidiu voltar ao Brasil. Optou pelo Vitória, que disputava a Série B do ano passado e sonhava com retorno à elite. Iniciou bem, mas, outra vez, caiu de produção. Figurou no banco de reservas muitas vezes, teve atuações também questionadas pela torcida baiana e entrou em uma lista de dispensa.

O jeito foi acertar o seu retorno onde tudo começou. Ainda não pensa em ir para um clube de ponta no país --seu contrato vai até o final de 2013. O maior desejo é resgatar aquele futebol e mostrar que ainda pode ser útil.

'PELÉ BRANCO' NÃO DÁ CERTO NO MÉXICO

Após vaias na última passagem pelo Botafogo, Lúcio Flávio foi para o Atlas-MEX. Um repórter chegou a apelidá-lo de ‘Pelé branco’. “Ele viu que havia jogado no Botafogo e no Santos e decidiu falar isso. Falei para ele na oportunidade que não era nem o Pelé branco, nem o amarelo, nem o azul, porque Pelé só existe um”, lembrou. Apesar de toda a expectativa, o meia voltou a ter atuações discretas, também foi prejudicado pelo mudança de técnico e não desencantou no futebol mexicano. Jogou 12 vezes e não balançou as redes.