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Série B - 2019

Fabrício conta que ex-presidente do Guarani vetou seu retorno aos gramados

Fabrício não voltou antes por ordem de Mingone - Divulgação/Guarani
Fabrício não voltou antes por ordem de Mingone Imagem: Divulgação/Guarani

Do UOL, em São Paulo

27/11/2012 17h07

O segredo de Fabrício, enfim, foi revelado. Depois de dar uma entrevista em tom misterioso ainda no início de novembro, no decorrer da Série B, o meio-campista bugrino resolveu contar o que sabia para a imprensa. De acordo com ele, o seu retorno aos gramados foi adiado por conta do ex-presidente Marcelo Mingone, que impôs uma ordem para que ele não jogasse.

“É algo complicado de dizer, mas eu não posso ficar calado. Foi algo que me deixou bastante chateado, eu vinha treinando bem e o Vadão na época me elogiava. Chegou o Vilson Tadei e continuei treinando bem, fazendo bons coletivos. Eu já estava pronto desde o jogo contra o Atlético-PR [23 de setembro, pela 32ª rodada] e ele não me levou, aí cheguei para conversar e a resposta foi que o presidente Mingone não queria que eu jogasse”, contou.

“Fui conversar com ele [Vilson Tadei] e ele me disse que o problema não era com ele, infelizmente era na parte de cima. Foi quando eu dei aquela declaração, eu já estava bem para jogar há mais de 15 dias e tive esse problema com o Mingone, não sei por que”, acrescentou.

Antes de voltar aos gramados, o que aconteceu no dia 2 de novembro, quando entrou durante a derrota para o Guaratinguetá, Fabrício só havia disputado uma partida na temporada, no dia 23 de fevereiro, contra o XV de Piracicaba, em Campinas.

Na ocasião, o Guarani venceu por 2 a 0, mas Fabrício entrou no final da segunda etapa e jogou apenas alguns minutos. Logo depois, sofreu uma lesão no tendão de Aquiles do tornozelo esquerdo e precisou de oito meses para se recuperar, o que lhe fez até pedir para não receber enquanto não voltasse a ficar à disposição da comissão técnica.

“Eu falei que não queria receber salário, eu já tinha falado isso com o Vadão uns cinco meses atrás, mas passaram dois meses e eu não melhorei, aí ele [Mingone] me chamou para rescindir o contrato, eu falei ao Mingone que ele não estava entendendo, que queria jogar, queria ajudar o time porque tinha condições de ajudar”, contou o meio-campista.

“Ele ficou de ligar para o meu procurador e eu continuei treinando, para mim estava resolvido, eu tinha até esquecido e desistido de rescindir, até que fui conversar com o Vilson Tadei para saber porque não estava me levando, já que eu estava treinando bem e até fazendo gols nos coletivos, e fui pego de surpresa ao falar que eu tinha pendências com o Mingone e enquanto não resolvesse isso, não poderia jogar”, disse.

Após o seu retorno, contra o Guará, Fabrício foi decisivo ao marcar um gol na vitória de 2 a 1 sobre o ASA, no Brinco de Ouro. Depois, foi titular em três de quatro partidas da reta final da Série B, e agora aguarda para saber qual será o seu futuro. “Espero que nessa semana a gente possa resolver. Estou aguardando algum contato para ver se a gente resolve alguma coisa”, completou o jogador, que tem contrato com o Guarani até 31 de dezembro de 2012.