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Série B - 2019

Wesley cresce no Palmeiras e vai de mico milionário a peça fundamental

Do UOL, em São Paulo

23/09/2013 06h00

Wesley chegou ao Palmeiras cerca de enorme expectativa, demorou a dar resultado e chegou a ser visto pela torcida como um mico milionário da gestão anterior. Hoje, adaptado ao esquema de Gilson Kleina, o volante cresceu de produção, afiou seu faro de artilheiro e tornou-se peça fundamental para o líder da Série B.

No último sábado, ele foi decisivo. Seus dois belos gols diante do Sport garantiram ao Palmeiras a vitória por 2 a 1, que ampliou para nove pontos a vantagem para a Chapecoense.

“Wesley cresceu muito. Tive uma parcela de ter empurrado ele para frente. Na necessidade tive de utilizar em outra posição. Naquele momento ele se sacrificou, fez o papel de ajudar a todos. Ele tem uma saída muito forte. Que ele continue fazendo esses gols e nos ajudando”, disse Gilson Kleina.

A mudança em questão aconteceu no primeiro semestre, quando o treinador avaliou estar bem servido de volantes com Marcio Araújo e Charles. Sem o lesionado Valdivia, e à época ainda sem Mendieta, Kleina usou Wesley como meia, sem sucesso.

O mau desempenho incomodou o jogador, que pediu para mudar de posição. Era uma tentativa de mudar sua história no Palmeiras, que ele mesmo avaliava como decepcionante até então. Destaque do Santos em 2010, Wesley chegou ao clube alviverde após uma campanha fracassada de arrecadação de fundos com torcedores.

A despeito de não ter angariado a verba necessária, o Palmeiras decidiu investir R$ 14 milhões no jogador, que ainda recebe um salário de R$ 350 mil. Wesley se machucou durante boa parte da campanha da queda, penou para se firmar como titular e quase foi negociado com o Atlético-MG, justamente pelo custo financeiro que representa. 

Hoje, ele é o motor do Palmeiras. É quem mais recebe bolas no time e um dos líderes em desarmes. No último sábado, por exemplo, foi acionado 38 vezes e deu 48 passes para os companheiros. Além disso, Wesley já é o terceiro maior goleador do time na Série B, com seis bolas nas redes, contra oito de Leandro e nove de Alan Kardec.

“Temos de dar continuidade. Não podemos parar”, resumiu o volante no último sábado.