Vasco vira 'clínica de reabilitação' e a bola da vez é o volante Fabrício
De 2009 para cá, o Vasco tem se especializado em resgatar o futebol de jogadores que, anteriormente, eram considerados medalhões, mas que chegaram em São Januário atravessando um momento de baixa na carreira. Foi assim com Carlos Alberto, Diego Souza, Alecsandro, Eder Luis e Guiñazú. Vindo de uma série de lesões, a bola da vez é o volante Fabrício, de 31 anos, que será apresentado oficialmente nesta sexta-feira.
Na primeira passagem pela Série B, em 2009, o Vasco apostou em Carlos Alberto, que vinha de passagens conturbadas por Botafogo e São Paulo. O apoiador, porém, assumiu o papel de líder e foi o principal destaque na campanha de acesso.
No ano seguinte, o Cruzmaltino trouxe Eder Luis. O atacante tinha ido mal no Benfica (POR), mas em São Januário foi acolhido e se transformou numa das principais peças que conquistaram a Copa do Brasil de 2011.
Na temporada que se seguiu, o Vasco fez uma tacada dupla com Alecsandro e Diego Souza. O atacante chegou em baixa do Internacional assim como o apoiador, do Atlético-MG. No Cruzmaltino, porém, tiveram grande destaque na equipe, que ficou conhecida como o “Trem-Bala da Colina”, que além do título da Copa do Brasil daquele ano, foi vice-campeã brasileira e chegou até às semifinais da Copa Sul-Americana.
Recentemente, foi a vez do volante Guiñazú. O Vasco foi buscá-lo no Libertad (PAR), após encerrar seu ciclo no Internacional, e em São Januário transformou-se em capitão e líder do atual elenco.
Agora chegou a vez de Fabrício, que vem por indicação do técnico Adilson Batista, que o treinou no período de Cruzeiro. O jogador despontou como promessa em 2001, no Corinthians, onde conquistou, ao longo das quatro temporadas no Parque São Jorge, um Campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil, um Campeonato Paulista e um Torneio Rio-São Paulo, que o fizeram, inclusive, ser convocado para a Seleção Brasileira.
Embora tenha sempre chamado a atenção pela sua qualidade técnica, teve sua carreira marcada por lesões, algumas graves, que o acompanharam não só no Timão como no Cruzeiro e no São Paulo, clube que rescindiu contrato amigavelmente para acertar com o Vasco após dois afastamentos do grupo principal.
Para o diretor-executivo do Cruzmaltino, Rodrigo Caetano, que participou de todas estas contratações, o segredo foram estes jogadores acreditarem na proposta e na situação do clube.
“Essa turma que chegou entendeu aquilo que passamos a eles. O Vasco é muito grande, tem uma torcida gigante e, no momento, está nesta situação de reconstrução. Quando se faz o convite não é meramente um contrato financeiro. É algo onde tem que se incorporar, temos que colocar se estão dispostos a participar e todos eles entenderam isto, assim como o Fabrício. Espero agora que ele comprove isto dentro de campo”, destacou.
Embora tal política de contratações esteja dando certo, Rodrigo Caetano rechaça que isto seja uma regra do clube nas ações no mercado da bola, citando exemplos contrários.
“Trouxemos o Martin Silva, que é um goleiro da seleção uruguaia e irá disputar a Copa do Mundo, e o Rodrigo, considerado o melhor zagueiro do Brasileiro do ano passado. Cada caso é um caso. Tudo é uma questão de oportunidade de negócio”, analisou.
Douglas é a outra aposta da temporada
Antes da chegada de Fabrício, o Vasco já havia repetido a fórmula com Douglas. O apoiador saiu do Corinthians em baixa e foi um dos mais criticados no protesto que a Fiel promoveu, invadindo o centro de treinamento da equipe paulista.
No Cruzmaltino, ganhou a responsabilidade de ser umas das referências do time, assumiu a camisa 10 e, embora ainda não tenha sido brilhante, tem correspondido, sendo o principal articulador de jogadas e titular absoluto.
Seu contrato com o Vasco vai até o fim desta temporada.
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