Coincidência? Botafogo cai de rendimento após perder referência no meio
O esforço feito para equilibrar o clube financeiramente fez o Botafogo estipular um teto salarial de R$ 50 mil mensais. Tal decisão fez com que os dirigentes se vissem obrigados a dispensar o jogador de linha mais experiente. E, coincidência ou não, desde a saída de Marcelo Mattos - seu último jogo foi no dia 9 de junho contra o Oeste - o time caiu de rendimento. A derrota para o Bragantino por 1 a 0, na última sexta-feira (10), fez o Alvinegro amargar a pior sequência na temporada. Nas últimas cinco partidas, foram duas derrotas, dois empates e apenas uma vitória - 5 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, no Engenhão.
"O equilíbrio de um grupo não é só o que se faz em campo. Além do Marcelo Mattos, o Bill faz falta. Todo mundo falava deles, lamentavelmente saíram. Tínhamos um padrão de jogo, mas vamos voltar, não se pode viver do passado e arrumar desculpas. Cada um precisa assumir as responsabilidades e trabalhar para as coisas acontecerem", analisou o técnico René Simões.
Dos últimos 15 pontos disputados, o Botafogo conseguiu apenas cinco. Na atual temporada, o time chegou a ficar três partidas sem vencer - empates com Barra Mansa e Vasco, pelo Estadual, e com o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil], mas depois alcançou dois triunfos consecutivos.
Marcelo Mattos e Botafogo chegaram a um acordo de rescisão amigável, porque o salário do jogador era de R$ 240 mil mensais, valor elevado para o atual padrão alvinegro. Apesar do momento delicado após a saída do volante, o técnico Renê Simões acredita que o momento ainda não é de desespero na Série B.
"Nos últimos jogos perdemos três ou quatro gols que normalmente não perderíamos. Nem na boa vitória sobre o Sampaio Corrêa fomos excepcionais. É o momento de ter tranquilidade, pois é uma comum em um campeonato longo", ponderou René Simões.
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