Copa América das zebras precisa de 42 gols em 4 jogos para igualar média de 2007

Do UOL Esporte

Em São Paulo *

  • AP Photo/Ricardo Mazalan

    Neymar e Ganso falharam na missão de protagonistas da seleção na Argentina

    Neymar e Ganso falharam na missão de protagonistas da seleção na Argentina

Chamar a Copa América de 2011 de "Copa das Zebras" virou clichê. Mas o torneio é surpreendente por outra razão além das semifinais sem Brasil, Argentina, Colômbia ou Chile. Até agora, o principal torneio do continente tem média pífia de gols. O torneio em que as zebras imperaram precisa da impossível marca de 42 gols em quatro partidas para igualar o desempenho de 2007.

FAVORITOS SÃO ELIMINADOS NA COPA

Os jogadores que atuaram neste ano na Argentina balançaram as redes 44 vezes em 22 partidas, o que dá a média exata de dois gols por jogo. Em 2007, a média foi de 3,3 (recorde da história da competição).

Os números baixos são ainda mais surpreendentes ao olhar as estrelas que estiveram na Copa América. Exemplos não faltam: o argentino Messi é o melhor do mundo para a Fifa, o brasileiro Neymar é apontado como pelos brasileiros como grande esperança, o uruguaio Forlán foi o melhor jogador da Copa do Mundo do ano passado. O artilheiro, até agora, é Sérgio "Kun" Aguero, disputado por vários clubes europeus. Mas ele marcou apenas três gols.

Uma rápida olhada nos 22 resultados da Copa América comprova a tese de que as equipes se nivelaram por baixo na competição: 10 deles terminaram empatados. Só um jogo terminou com três gols de diferença (Argentina 3 x 0 Costa Rica), só um time marcou quatro gols em um jogo (Brasil 4 x 2 Equador) e cinco jogos terminaram com vitória pelo placar mínimo (1 a 0).

E foi neste panorama em que os principais favoritos da competição caíram precocemente nas quartas de final: Brasil e Argentina. Dos países tradicionais na Copa América, só restou o Uruguai, com 14 títulos, entre os quatro melhores.

A saída das principais potências sul-americanas proporciona um cenário perfeito para as seleções emergentes, já que Peru e Paraguai estão em busca do terceiro título na história da Copa América, enquanto a Venezuela busca a conquista inédita.

Para o Brasil, foi uma competição de decepções, pois o técnico Mano Menezes fracassou na missão de conquistar o tricampeonato em seu primeiro torneio oficial no comando da seleção. Os santistas Neymar e Ganso, que muitos queriam na Copa do Mundo de 2010, falharam na missão de protagonistas. E o selecionado canarinho se despediu com o pior desempenho da história (8º lugar)

* Com agências internacionais

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