Palmeiras admite clima hostil, mas dispensa segurança reforçada em Curitiba

O duelo entre Palmeiras e Atlético-PR pela Copa do Brasil ganhou ares bem apimentados após a acusação de racismo contra Danilo e o anúncio de protesto da torcida rubro-negra. O meia Diego Souza e o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo admitem que um clima hostil foi criado em torno da partida, mas não temem problemas por isso.

O mandatário alviverde afirmou que a delegação não terá segurança reforçada pelos episódios recentes. “Não será preciso. Isso é obrigação das autoridades do Paraná. Até porque, com exceção dos incidentes no Couto Pereira no ano passado, o Paraná não tem um histórico de problemas. Vamos tranquilos para o jogo”, afirmou.

O pensamento é compartilhado por Diego Souza. O meia espera pelos protestos anunciados pela torcida rival, mas também refuta a ideia de que a segurança dos jogadores e da comissão técnica estará ameaçada.

“Não vejo motivo para ficar ligando para essas coisas extracampo, que vão pintar os rostos, esperar no aeroporto. Isso não afeta em nada. Eles vão entrar em campo só com 11 jogadores, assim como nós. Estamos preparados tanto para perder como para vencer”, afirmou.

O clima hostil foi criado na partida da última quarta-feira quando o zagueiro Danilo chamou Manoel de “macaco do c...” durante o confronto pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no Palestra Itália.

A torcida do Atlético-PR se mobilizou por meio da internet para apoiar o zagueiro atleticano. Por meio de sites de relacionamento como o Orkut e o Twitter, os torcedores planejam lotar a Arena da Baixada com o rosto pintado de preto. A proposta foi aprovada por muitos torcedores, que pretendem fazer uma recepção “especial” para o time do Palmeiras.

Na visão de Diego Souza, todos esses elementos serviram apenas para desvalorizar o triunfo por 1 a 0 do time alviverde. No jogo de volta, a equipe paulista precisa apenas empatar para garantir a vaga nas quartas de final do torneio ou pode até perder por um gol de diferença desde que balance as redes.

“Estão querendo tirar o foco para um lado que nem quero comentar. Vai ser um jogo difícil, mas o Palmeiras está concentrado para não se intimidar ou ficar atrás e buscar a vitória”, disse.