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Deola completa 50 jogos pelo Palmeiras e tenta não dar brecha para multiplicar marca

Jogo contra o Uberaba na quarta-feira será o 50º do goleiro Deola com a camisa do Palmeiras - Almeida Rocha/Folhapress
Jogo contra o Uberaba na quarta-feira será o 50º do goleiro Deola com a camisa do Palmeiras Imagem: Almeida Rocha/Folhapress

Paula Almeida

Em São Paulo

15/03/2011 11h24

O jogo desta quarta-feira contra o Uberaba, às 21h50, pela segunda fase da Copa do Brasil, será mais especial para Deola. Será a 50ª partida do goleiro com a camisa do Palmeiras, apesar de a torcida ter a impressão de que o arqueiro já defendeu a meta alviverde muito mais do que isso.

O próprio camisa 22 reconhece que o número parecia ser maior. “Não sei se demorou ou se foi rápido. É uma marca pequena por enquanto, poucos jogos ainda pelo tanto de tempo que eu tenho no clube, mas fico feliz de poder alcançar essa marca. E tomara que eu consiga fazer dez vezes isso”, comentou o goleiro em entrevista nesta terça-feira após o treino na Academia de Futebol.

Deola chegou ao Palmeiras no fim dos anos 1990 e passou pelas categorias de base e time B antes de integrar a equipe principal. No caminho, ainda defendeu outros clubes como Guarani, Juventus e Sertãozinho para ganhar experiência até retornar definitivamente ao Palestra Itália.

As idas e vindas fizeram com que o goleiro fosse apenas o terceiro da posição durante um bom tempo. Mas as lesões de Marcos e Bruno em 2009 o alçaram à titularidade. Vaga, porém, que ele admite ser ‘provisória’, pois o real dono é Marcos.

“Quando o Marcão estiver pronto, ele vai jogar, pelo ídolo que ele é. Mas enquanto ele não jogar, eu vou aumentando esses números aí”, afirmou Deola, que não vê problema em ser reserva do ídolo.

“Como você vai tirar o homem, campeão do mundo, da Libertadores? Ele tem uma história muito grande, e a cada vez que a gente estava bem, ele melhorava mais ainda. Aqui tem uma hierarquia, e é preciso respeitar”, reconheceu. “Enquanto o Marcos não se aposentar, a vaga é dele, e a gente tem que respeitar”.

Além do convívio e da amizade, Deola quer aprender com Marcos uma lição importante: como segurar a titularidade por tanto e ser ídolo de um clube. “O Marcos teve uma oportunidade muito longa porque ele não deu brecha. Você nunca vê o Marcos mal, ele sempre entra pra fazer o melhor. Acho que se eu não der brecha também, eu vou ter vida longa. Tem que ter consciência que está no gol de uma equipe tradicional, em uma das melhores escolas de goleiro, e tem que fazer jus a isso”.