Especialista em Copa do Brasil, Felipão minimiza importância de eliminar jogo de volta

Luiz Felipe Scolari é o treinador mais vitorioso da Copa do Brasil. Hoje no Palmeiras, o tricampeão do torneio quer repetir o sucesso que teve com a equipe em 1998. Na estreia nesta quarta-feira, diante do Coruripe, o técnico afirmou que não se importa em ter que jogar a volta, em Jundiaí, no dia 21 de março. Para ele, o mais importante é vencer e não eliminar o jogo de volta.

O discurso repete o ano passado, quando Felipão preferi não colocar a obrigação da equipe passar das duas primeiras fases sem a necessidade do jogo de volta. Na ocasião, o time parou nas quartas-de-final, após a vexatória goleada sofrida para o Coritiba.

"Na Copa do Brasil, o que vale é a classificação. Não importa se vai ser no primeiro ou no segundo jogo. Se vencermos por um gol mínimo, já estaremos satisfeitos. Copa do Brasil é isso. Temos de respeitar nosso adversário, pois as dificuldades sempre surgem nesses tipos de confrontos", explicou Felipão, que disse ter certo conhecimento da equipe de Alagoas.

"É um time que conhecemos algumas coisas. Não fizeram um bom primeiro turno, mas por outro lado não foram derrotados contra os chamados grandes. Também foi um dos times que menos sofreu gols. Agora, no segundo turno, iniciaram bem, com um empate e uma vitória. Não sabemos qual postura eles vão adotar, e independentemente disso, nós precisamos continuar atuando do jeito que vínhamos jogando e mostrar nosso verdadeiro futebol”.

No Paulistão, o Palmeiras vai muito bem. Único time invicto e vindo de goleada por 6 a 2 em cima do Botafogo de Ribeirão Preto, a equipe já espera um bom jogo nesta quarta-feira para que o ambiente continue bem e a torcida manifestando 100% de apoio.

Na semana passada, o capitão Marcos Assunção chegou, inclusive, a citar que o clima está parecido com o de uma família. Felipão diz concordar integralmente com a declaração do líder do elenco.

"Foi legal ele ter falado isso, foi uma expressão que reflete como está o nosso ambiente. Mas não podemos parar por aqui. Ainda não ganhamos nada e temos um logo caminho pela frente. E como toda família, teremos de saber que precisamos continuar fortes para superar futuros obstáculos. No ano passado, também começamos bem. Por isso, a concentração e o bom ambiente precisam prevalecer até o final”, analisou o pentacampeão com a seleção brasileira.

Nesta quarta-feira, o Palmeiras tenta se livrar de um verdadeiro inferno astral que começou em 2002, justamente em Alagoas. Foram sucessivas eliminações vexatórias que incomodam o treinador.