Ricardinho reencontra 'mestre' e vê jogo do Paraná com o Palmeiras como 'volta à elite'

Fora da primeira divisão do Brasileiro desde 2007, o Paraná está encarando o jogo com o Palmeiras, nesta quarta-feira, na Vila Capanema,  como uma “volta à elite”. Expressão é do técnico Ricardinho, que participará apenas de seu quinto jogo oficial, como treinador. 

“Eu falei para os jogadores que eles sejam bem-vindos à elite do futebol brasileiro”, disse o ex-meia, que encerrou a carreira em janeiro para assumir o clube que o revelou. 

O jogo, na verdade, marcará o reencontro do “mestre” com o “discípulo”. Ricardinho, que foi convocado por Felipão para a Copa  do Mundo de 2002, não esconde que apreendeu muito com o treinador palmeirense. A meta, porém, é superar o mestre. “Trabalhamos juntos na Copa do Mundo, aprendi muito e tenho grande respeito por Felipão, mas, agora,  somos adversários e vamos fazer de tudo para buscar uma vitória”, disse. 

Ídolo da torcida paranista, Ricardinho aceitou o desafio da nova diretoria, que vê no ex-jogador o perfil ideal para conduzir o “resgate” do prestígio do clube, que viveu no ano passado o pior momento de sua história, ao ser rebaixado para a segunda divisão do Paranaense.

Por enquanto, os resultados vêm superando as expectativas. Formado jogadores desconhecidos, alguns pratas-da-casa e remanescentes da temporada da passada, o time - cuja média de idade é de 21 anos - ainda não perdeu sob o comando de Ricardinho, conseguindo avançar até às oitavas-de-final da Copa do Brasil. 

Neste contexto, admite o técnico paranista, encarar o Palmeiras de Felipão é visto como triunfo, para um time cujo futuro, no início do ano, era uma incógnita "Jogar contra o Palmeiras é mais um patamar. Estou começando uma nova função, enfrentando o Palmeiras do Luiz Felipe, que é um profissional consagrado, que respeito muito", enfatizou Ricardinho.

O técnico paranista tentou minimizar a crise dos alviverdes, após a eliminação do Campeonato Paulista, na derrota para o Guarani, domingo passado. “Esta eliminação não tem nada a ver com a gente. Perguntam se vai ser pior ou melhor. Nenhuma coisa nem outra. Nós temos que olhar o adversário, que é um grande time, e nos preocupar em jogar, também impor nosso ritmo”, comentou. 

Fora da Série A há cinco anos, o time paranista não encara o alviverde paulista por igual tempo. Os últimos dois jogos entre os dois ocorreram pelo Brasileiro de 2007, com uma vitória para cada lado: o Paraná venceu na Vila Capanema por 1 a 0 e perdeu por 3 a 0 no Palestra Itália.