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Botafogo supera públicos ruins e segue 100% em V. Redonda após 10 jogos

O Botafogo registra média de apenas 3.342 pagantes no Raulino de Oliveira em 2013 - Julio Cesar Guimarães/UOL
O Botafogo registra média de apenas 3.342 pagantes no Raulino de Oliveira em 2013 Imagem: Julio Cesar Guimarães/UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/07/2013 06h00

Mesmo diante de públicos fracos, o Botafogo tem feito do Raulino de Oliveira uma espécie de ‘caldeirão’ em 2013. O Alvinegro venceu todos os seus 10 jogos em Volta Redonda neste ano, como o da última quarta-feira, contra o Figueirense, pela 3ª fase da Copa do Brasil. No entanto, os 754 pagantes do triunfo por 1 a 0 serviram para baixar ainda mais a média de bilheteria no local, agora em apenas 3.342 ingressos vendidos por partida.

O número poderia ser ainda mais baixo não fosse o fato da decisão da Taça Rio – que definiu o título do Carioca - ter acontecido em Volta Redonda. A partida em que o Alvinegro sagrou-se campeão estadual contra o Fluminense foi a única do Botafogo em 2013 no Raulino de Oliveira em que a bilheteria bateu a marca de 10 mil pagantes (12.485 ingressos vendidos, ao todo)

O jogo de quarta-feira contra o Figueirense tinha como atrativo o retorno do Botafogo às partidas oficiais após a pausa de quase um mês para a Copa das Confederações. Mas nem mesmo o fato do Alvinegro estar sem jogar desde 8 de junho atraiu os torcedores. Para o técnico Oswaldo de Oliveira, o público pagante de 754 pessoas aconteceu por conta do horário do confronto (21h50) e da distância para o Rio.

“Não ressalto tanto a questão financeira [prejuízo pelo baixo público], mas, de qualquer maneira, é muito ruim para o torcedor essa situação. É muito desgastante o torcedor sair de Volta Redonda às três horas da manhã e ter de trabalhar no dia seguinte”, criticou o técnico Oswaldo de Oliveira.

As arquibancadas vazias do jogo com o Figueirense são recorrentes em partidas do Botafogo na cidade. Em 2013, metade das partidas disputadas no Raulino não tiveram sequer 2 mil pagantes. Das outras cinco aparições do Alvinegro na cidade, apenas duas superaram a marca de 5 mil bilhetes vendidos: os clássicos contra Vasco (5.478) e Fluminense (12.485), na final da Taça Rio. 

Apesar dos baixos públicos, o desempenho da equipe em campo e a proximidade do Rio de Janeiro fazem com que o Botafogo escolha constantemente o Raulino de Oliveira para mandar seus jogos. O próprio técnico Oswaldo de Oliveira protestou contra a realização do clássico contra o Fluminense na Arena Pernambuco. O confronto está marcado para este domingo, pela sexta rodada da Copa do Brasil, e foi um dos poucos em que o Alvinegro não optou por Volta Redonda.

“Preferia jogar aqui em Volta Redonda [o clássico]. Sabemos que o acúmulo de viagens e situações novas o tempo todo não é benéfico. Mas nossa equipe está preparada para isso e lá na Arena Pernambuco, pelo menos, teremos um gramado em boas condições. É bom para uma equipe técnica como a do Botafogo”, encerrou Oswaldo.