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Elano se despede do Santos no clássico, mas será reserva de 'melhor amigo'

Elano não será mais relacionado após o clássico, pois jogará por 3 meses na Índia - Daniel Vorley/AGIF
Elano não será mais relacionado após o clássico, pois jogará por 3 meses na Índia Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Samir Carvalho*

Do UOL, em Santos (SP)

18/08/2015 17h58

O clássico contra o Corinthians nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), na Vila Belmiro, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil, marcará a despedida do meia Elano com a camisa do Santos. O experiente meia seguirá para a Índia, onde defenderá o Channaiyin entre setembro e dezembro.

Após o título do Campeonato Paulista deste ano, Elano renovou contrato com o Santos até junho de 2016, mas o acordo possui uma cláusula que libera o jogador por três meses.

“Tenho contrato até junho. Em janeiro me apresento. Ano passado, fiz dois anos de contrato com o mesmo time. Mas não sabia que ia voltar para o Santos. A negociação começou em 26 de dezembro, e já tinha contrato. Fiz com o Santos, renovei até ano que vem, mas de setembro até final de dezembro, fico por empréstimo”, afirmou Elano.

“Quero deixar claro que está acertado desde o ano passado [contrato com o clube indiano]. Não estou deixando o Santos por causa da situação que surgiu há três meses. Surgiu antes de saber se voltaria para o Santos. Estou triste. É momento importante, mas tranquilo porque o clube está em boas mãos. Dorival tem feito grande trabalho, o Santos está em grande caminho”, completou.

Elano poderia ser titular em sua despedida pelo Santos, mas o volante Renato se recuperou de uma lesão no tornozelo direito e volta ao time no clássico.

Dorival cogitava apostar na experiência de Elano para formar dupla de volantes com Thiago Maia contra o Corinthians. Contra o Atlético-PR, o jovem Paulo Ricardo foi o escolhido para substituir Renato.

Curiosamente, Elano perde a chance de iniciar o “jogo de despedida” para o seu melhor amigo no futebol.

“Falar do Renato é muito fácil. Conheço desde 1997. Ele me ajudou, me deixava comida [no Guarani], dava a chance do quarto dele quando ia concentrar. Posso dizer que é o melhor amigo que tenho no futebol. Sem falar de sua família, convívio de muito tempo. É muito simples, relação de muita amizade. Todas as vezes que estou com ele é especial”, disse Elano.

Diferentes de outras passagens pelo Santos, Elano exerce uma função diferente no clube paulista. Ele virou o conselheiro dos atletas mais jovens do elenco e pouco é utilizado dentro de campo. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, ele atuou em apenas cinco jogos, o mesmo número de partidas que realizou na Copa do Brasil, competição em que marcou dois gols.

“Não foi tão boa no campo como todas as outras [passagens]. Sou consciente. Jogava direto. Peguei time montado, com grandes jogos. Mas estou feliz pelo que fiz fora. Procurei fazer tudo que era necessário. Fora do campo, minha parte é ajudar, conversar com os meninos. Fomos campeões com oito meses de atraso [salário], tinha que motivá-los. O que passei para eles é uma alegria. Nunca imaginei que minha identificação com o Santos seria mais fora do que dentro [de campo]”, concluiu.