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Zé Roberto revela bastidores da final: emoção e conversa com Gabriel Jesus

Cesar Gerco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Imagem: Cesar Gerco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

04/12/2015 12h56

Os 41 anos de idade, as duas décadas de carreira profissional e a trajetória de sucesso na Europa e na seleção brasileira não fizeram com que o lateral esquerdo palmeirense Zé Roberto, responsável por erguer a taça da Copa do Brasil, deixasse de se emocionar com o futebol.

Em entrevista ao Jogo Aberto, da TV Bandeirantes, o veterano descreveu os momentos que antecederam o apito inicial da segunda partida da final contra o Santos. Segundo ele, um vídeo com depoimentos de sua família foi exibido pela comissão técnica e o deixou "pilhado" para a decisão.

"Para mim, [o momento mais intenso] foi antes do nosso time entrar para o aquecimento. A comissão técnica preparou um vídeo com depoimentos dos nossos familiares. Quando vi a minha filha e a minha mãe falando, vem a sua história à mente. Você começa a refletir antes de entrar em campo. Lembrei da minha mãe me levando para a peneira na Portuguesa. Vinham os momentos mais difíceis da minha trajetória. Você já começa a ficar pilhado ali", contou.

Apesar da euforia palmeirense após o pênalti convertido por Fernando Prass, houve uma situação da decisão que preocupou Zé Roberto: o abatimento de Gabriel Jesus, que deixou o campo machucado.

"Teve um momento em que eu abracei o Gabriel Jesus. Naquela hora, eu não aguentei. Falei para ele que, independentemente de não ter participado como queria, era um vencedor como eu e qualquer outro. Disse que, no ano que vem, ele seria fundamental, o nosso diferencial", afirmou.

“Focado no Palmeiras" para 2016, Zé Roberto elogiou a torcida alviverde, que registrou boas médias de público ao longo do ano. Ele foi o responsável por transmitir aos jogadores a importância de resgatar a paixão do palmeirense. A frase "o Palmeiras é grande", adaptada após a conquista da Copa do Brasil para "o Palmeiras é gigante", foi muito lembrada durante a temporada e virou febre entre os torcedores.

"Esses dias me perguntaram por que eu chorei como uma criança aqui no Palmeiras. Eu disputei coisas importantes por Bayern de Munique, Bayer Leverkusen, seleção brasileira, mas, quando cheguei no Palmeiras, senti essa paixão distante. Quando fiz aquele discurso no vestiário, muitos não entenderam. Para o momento que o Palmeiras estava vivendo, funcionou. Nós, jogadores que estávamos chegando, estávamos chamando uma responsabilidade de trazer o orgulho do torcedor palmeirense", disse.