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Depois de 40 anos, Marcelo reencontra o Inter numa semi. Chance da revanche

Marcelo não é mais aquele menino de 21 anos de 1976, mas ainda pode se vingar do Inter - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Marcelo não é mais aquele menino de 21 anos de 1976, mas ainda pode se vingar do Inter Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Enrico Bruno e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

25/10/2016 06h00

O ano era 1976. Em campo, Internacional e Atlético-MG decidiam uma das vagas para a final do Campeonato Brasileiro daquela temporada. Na equipe gaúcha, Figueroa, Dadá e Falcão eram os astros. No Galo, quem chamavam atenção eram os garotos promissores como Reinaldo, Cerezo e Marcelo Oliveira. Naquela ocasião, o time do Beira-Rio levou a melhor e venceu de virada, para, dias depois, superar também o Corinthians e sagrar-se bicampeão brasileiro. De lá para cá, 40 anos se passaram até o reencontro do antigo camisa 10 do Atlético com o time que lhe impediu de ser campeão nacional. O duelo será novamente em uma semifinal, mas agora pela Copa do Brasil. O que não muda é um dos personagens do jogo. Agora na beira do gramado, Marcelo Oliveira tentará novamente tirar o colorado do caminho e buscar seu primeiro título nacional pelo Atlético.

No encontro de quatro décadas atrás, o Atlético ficou classificado por quase um tempo inteiro. A equipe de Barbatana abriu o placar aos 30 minutos do primeiro tempo, com Vantuir. O empate do Inter só chegou aos 28 da etapa final, com o chute forte de Batista, pegando de fora da área. Já nos acréscimos, Falcão fez uma linda tabela (de pé e com a cabeça) com Dario e Escurinho antes de marcar aquele que seria o gol da vitória e da vaga para a final. Por ter feito melhor campanha na fase anterior, o Internacional teve a vantagem de jogar dentro de casa no jogo único, como era o regulamento da época.

Nesta quarta-feira, também no Beira-Rio, Inter e Galo começam a decidir quem será o finalista da Copa do Brasil de 2016. Preocupado com a ameaça iminente do rebaixamento, a equipe do sul não deve priorizar o torneio mata-mata. Apesar disso, o Atlético de Marcelo Oliveira traça suas estratégias para não ser surpreendido e sair de Porto Alegre com outra decepção.

“Eles jogaram muito bem nas partidas que utilizaram os jogadores suplentes, ou aqueles jogadores que não vinham jogando. Tem um time muito aguerrido, que compete muito, assim como são as equipes do sul. Temos que ter equilíbrio, não ficar acuado, só marcando, esperando levar o jogo para cá (Belo Horizonte) e sofrendo pressão o tempo todo, mas também não sair com tudo para dar chances ao adversário. Acho que é possível e é o ideal isso, um time equilibrado que ataque, mas que recomponha rápido exerça uma boa marcação”, falou o treinador.

Além do equilíbrio, o treinador também prega atitude do Atlético para fazer os gols fora de casa. Para a segunda partida, o clube mineiro já decidiu que vai receber o Inter no caldeirão do Horto, mas para chegar com o resultado encaminhado no duelo de volta, balançar as redes fora de casa pode ser essencial.

“Copa do Brasil é muito isso, tem que observar muito o resultado, fazer gols fora de casa é muito importante porque nós temos a chance de decidir em casa”, completou Marcelo.

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