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De desacreditado a líder. Henrique vira capitão e brilha pelo Cruzeiro

Henrique, volante do Cruzeiro, virou líder técnico e referência do elenco - © Rafael Ribeiro/Light Press/Cruzeiro
Henrique, volante do Cruzeiro, virou líder técnico e referência do elenco Imagem: © Rafael Ribeiro/Light Press/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

27/09/2017 11h00

As duas passagens de Henrique pelo Cruzeiro se confundem. Prestes a disputar mais uma final pela equipe, o volante ostenta a faixa de capitão no braço direito e tem a incumbência de liderar os companheiros em campo na partida contra o Flamengo, às 21h45 desta quarta-feira, na decisão da Copa do Brasil.

Tanto em 2008, quando foi contratado junto ao Jubilo Iwata, do Japão, quanto em 2013, quando retornou após passagem frustrada pelo Santos, o atleta chegou à Toca da Raposa II sob desconfiança.

Em ambas, no entanto, conquistou o respaldo de torcida e comissão técnica, tornando-se líder técnico e também do plantel.

A primeira passagem foi entre 2008 e 2011. Na ocasião, ele formou um meio de campo vitorioso ao lado de Fabrício e Ramires, com quatro conquistas do Campeonato Mineiro. O auge da passagem foi o vice-campeonato da Libertadores de 2009.

A volta do meio-campista a Belo Horizonte ocorreu em 2013. Depois de fracassar no Santos, Henrique chegou à Toca da Raposa II como contrapeso na ida de Walter Montillo para a Vila Belmiro.

Henrique comemora ao marcar para o Cruzeiro diante da Caldense - Washington Alves/Cruzeiro - Washington Alves/Cruzeiro
Henrique celebra gol pelo Cruzeiro
Imagem: Washington Alves/Cruzeiro

O primeiro ano na capital mineira foi frustrante também. Em recuperação de uma cirurgia no púbis, o volante não entrou em campo. Apesar da ausência, o time venceu o Brasileirão.

A volta por cima aconteceu em 2014. Titular da equipe, ele formou o meio de campo ao lado de Lucas Silva, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart - formação base do time bicampeão brasileiro e vice da Copa do Brasil.

Mesmo com a queda de produção da equipe em 2015 e 2016, Henrique se manteve como titular. Vanderlei Luxemburgo, Deivid, Paulo Bento e Mano Menezes o mantiveram como pilar do meio-campo. Após a lesão de Fábio, o jogador assumiu a braçadeira de capitão que era do goleiro e não largou mais.

“Acredito que a questão de ter alguns jogadores simbólicos, que já passaram por várias decisões e situações dentro do clube, é importante para se ter referenciais positivas. São jogadores que têm títulos e muitas partidas com a camisa do Cruzeiro. Em um jogo como esse, podemos ajudar com a nossa experiência”, afirmou o zagueiro Léo, falando sobre a sua situação e a de Henrique.