Com luva 'vendida' por Harley, goleiro pegador de pênalti do Goiás quer substituir ídolo
Paulo Henrique realizou nesta terça-feira um feito aos 18 anos que muito goleiro em fim de carreira nunca conseguiu. O goleiro do Goiás defendeu quatro penalidades – dois no tempo normal e dois na decisão por pênaltis - na partida contra o Bahia e levou o time goiano para a final da Copa São Paulo pela primeira vez.
Horas após a classificação, o jovem ainda não acreditava no que havia acontecido no gramado do estádio do Nacional na tarde de terça. “Estou muito feliz. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo. Quando eu defendi o primeiro já pensei que Deus estava comigo. Depois do quarto, nem acreditava. Só tinha pego quatro pênaltis em treino”, disse Paulinho, como é chamado pelos companheiros, ao UOL Esporte.
O goleiro joga no Goiás desde os 8 anos e tem como meta substituir o ídolo Harlei, dono na camisa 1 do clube desde 1999. Sempre apoiado pelo veterano, Paulinho, que treina com ele há mais de um ano, usou uma chuteira dada e uma luva ‘vendida’ pelo experiente jogador na partida contra o Bahia.
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“Ele sempre me ajuda, dá conselhos. A chuteira foi ele que deu, mas a luva eu comprei. Sabia que ele tinha dado uma luva a uma pessoa conhecida, fui atrás e comprei. Depois, o Harlei até falou comigo que se soubesse que eu queria uma igual, ele me daria uma”, lembrou Paulinho.
O camisa 1 do Goiás na Copinha é uma das crias da base que a direção espera ver em poucos anos no time de cima. Paulinho mora perto do centro de treinamentos, tem os pais presentes nos jogos e usa o exemplo do irmão, que foi jogador de futsal e, ao lado de outras promessas como o atacante Erick, desde muito cedo é trabalhado pelo clube goiano.
O jovem goleiro comemorou o feito inédito na sua carreira e planeja seguir os passos de Harley com a camisa do Esmeraldino. “Claro que tenho outros ídolos, como o Rogério Ceni, o Marcos, Fábio do Cruzeiro, mas o maior mesmo é o Harlei”, afirmou.
Em 2012, o goleiro deixou os estudos de lado - parou de cursar no 1º ano do ensino médio por falta de tempo, já que chegava tarde dos treinamentos. Neste ano, pretende fazer um supletivo para completar o colégio e pensar em fazer um curso superior - pretende fazer faculdade de Educação Física.
"Mas a faculdade não é prioridade. Meu foco mesmo é o futebol. Se der tempo, quero cursar Educação Física, não tem como ser outra coisa. Vivo de futebol, ralei por isso. Futuramente, quem sabe posso ser um treinador de goleiros... Acho que tenho condições para isso", disse.
O grande sonho do jovem pegador de pênaltis é, com o dinheiro que ganhar no futebol, dar condições melhores de vida para a família e dar uma casa melhor para a mãe, que é dona de um bar em Goiânia e tem o marido e um filho como "ajudantes".
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