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Técnico do Santos se inspira no Barça e diz que preferia perder título da Copa SP a jogar 'feio'

Jogadores do Santos dão a volta olímpica com a taça da Copa SP após baterem o Goiás - Leandro Moraes/UOL
Jogadores do Santos dão a volta olímpica com a taça da Copa SP após baterem o Goiás Imagem: Leandro Moraes/UOL

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

25/01/2013 14h29

O técnico Claudinei Oliveira se considera realizado não apenas pela conquista do título da Copa São Paulo de futebol júnior, mas principalmente pelo futebol bonito e ofensivo apresentado pelo Santos na final contra o Goiás. Após a vitória, ele revelou que sua inspiração é o Barcelona e disse que preferia não ser campeão se tivesse que apresentar um futebol ‘feio’ apenas pelo resultado.

“Nós procuramos sempre esse tipo de jogo. O título na minha carreira é uma coisa inesquecível, fantástica, vai ajudar muito na minha carreira. Mas se para ser campeão, tivesse que optar por trair as tradições do clube e não jogar futebol bonito, eu prefiro não ser campeão e jogar futebol bonito e para a frente”.

Claudinei revelou até uma ordem da diretoria por um futebol ofensivo na competição. “Antes da Copa houve uma conversa com a direção e o pessoal disse que a gente deveria sempre propor o jogo ofensivo, buscar vencer e convencer”, disse. “Na Copinha, uma série é diferente da outra, em Jaguariúna o campo era um pouco estreito e isso facilitava a marcação. Quando fomos para Barueri, começamos a impor mais nosso toque de bola”, completou.

Na final contra o Goiás, o time fez valer a filosofia do técnico e mostrou um estilo de toque de bola, bastante movimentação e dribles. O esforço deu resultado e o Santos venceu o Goiás por 3 a 1 para ficar com o título no Pacaembu.

Claudinei conta que o estilo de jogo de Neymar é uma grande inspiração para os jovens da categoria de base, mas sua maior influência é o Barcelona. As seleções da Espanha e da Alemanha também são usadas como base.

“O Neymar é um espelho para todos os jogadores. E a equipe mais comentada que a gente procura jogar parecido é o Barcelona. O jeito de jogar da seleção alemã e da Espanha também nos agrada. A gente assiste aos jogos e procura implementar o que vemos no time, mas se os garotos não acreditarem, nada acontece”, disse.