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Quem brilhou e quem deve subir no São Paulo campeão da Copinha

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

26/01/2019 04h00

A Copa São Paulo de Futebol Júnior terminou na última sexta-feira (25) com muita emoção e festa do São Paulo, campeão do torneio pela quarta vez. Agora, a torcida volta definitivamente as atenções para a equipe profissional, mas levando com ela a esperança de ver os jovens vitoriosos reforçando o time principal. Mas quem tem chances de ser aproveitado por André Jardine?

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O fato de ter comandado vários dos garotos até o ano passado, quando deixou o time sub-20 para integrar a comissão técnica profissional, deixa Jardine mais inteirado na hora de analisar as possíveis promoções no Tricolor. O sucessor Orlando Ribeiro, que manteve a rotina de títulos na categoria, se coloca à disposição para ajudar: "Jardine é de casa (em Cotia). Pode entrar e sair a hora que quiser!".

Antony foi o craque do São Paulo na conquista do maior torneio de base - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Antony foi o craque do São Paulo na conquista do maior torneio de base
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Antony

Foi o grande personagem da conquista do tetracampeonato do São Paulo. Canhoto e muito habilidoso, deu seis assistências e marcou quatro gols na Copinha. Cresceu de produção quando passou a jogar com mais liberdade para cair pelo meio e quando tornou os dribles mais objetivos.

Já fez parte do elenco profissional, disputou três partidas do Campeonato Brasileiro de 2018 e agora deve ser chamado de volta. Aos 18 anos, ele pode ganhar alguns dias de descanso, já que voltou antes das férias para se juntar ao sub-20. Seu contrato vai até 30 de setembro de 2023.

Tuta

Outro que já integrou o grupo principal na temporada passada, apesar de só ter ficado no banco em algumas partidas. Pode ser usado como lateral-direito, como era com Jardine no sub-20, ou como zagueiro. Tem boa técnica para sair jogando, embora exagere em alguns momentos, e muita impulsão para ajudar no jogo aéreo.

O time profissional tem apenas cinco zagueiros e seu aproveitamento é considerado para o resto do ano. O maior concorrente deve ser Walce, que está com a seleção brasileira no Sul-Americano Sub-20. O contrato com o Tricolor vai até 15 de outubro de 2020. Tuta tem 19 anos.

Gabriel Novaes foi o artilheiro do São Paulo e da Copinha - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Gabriel Novaes foi o artilheiro do São Paulo e da Copinha
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Gabriel Novaes

O artilheiro da Copinha com dez gols quebrou recordes pelo São Paulo: maior número de tentos em uma só edição do torneio e o maior goleador geral do clube na competição. Seu jogo é minimalista, como definiu o comentarista do SporTV, Sérgio Xavier, ao longo da campanha do Tricolor. Nos tempos de sub-17, parecia sobrar contra os marcadores devido à força física que tem.

Mas custou a encaixar seu jogo de vez no sub-20. A consagração veio com o combo artilharia+título. Após a saída de Tréllez, emprestado ao Internacional, e devido ao fato de Jardine não ver Carneiro como um centroavante fixo, a situação de Novaes será observada com carinho. Ele ficaria atrás de Diego Souza e Pablo. Novaes também tem 19 anos e contrato somente até 30 de novembro de 2019.

Rodrigo Nestor

Tem apenas 18 anos, mas a capacidade de clarear as jogadas no meio de campo faz a comissão técnica do sub-20 tratá-lo como um veterano. Os chutes de fora da área também aparecem entre suas virtudes. Ainda assim, há muita preocupação com seu porte físico. O contrato de Nestor vai até 19 de novembro de 2021.

"Ele tem essa dificuldade, que aos poucos vai sendo adaptada e compensada pela técnica. É um dos melhores em técnica que temos em Cotia. Ainda é prematuro pensar em profissional, justamente por essa questão", explica o técnico Orlando Ribeiro, pedindo cautela com a formação do garoto que deu assistência para o gol de Antony na final contra o Vasco da Gama.

Morato e Diego comemoram o título do São Paulo na Copinha - Ale Cabral/AGIF - Ale Cabral/AGIF
Morato, à esquerda, e Diego comemoram o título do São Paulo na Copinha
Imagem: Ale Cabral/AGIF

Morato

O zagueiro é ainda mais jovem que Nestor. São apenas 17 anos, apesar da grande calma na hora de marcar e de sair jogando. "Não sei explicar. É algo que tenho comigo. Não importa (a situação), eu não fico nem a mais, nem a menos", tenta explicar Morato, que diz já ter "um metro e noventa e poucos" e se orgulha de ser "da favela mesmo".

O apelido vem da cidade onde mora, Francisco Morato, bem próxima de São Paulo. Ele cresceu como tricolor e sabe que pode até mais três Copinhas pela frente. Por isso, prega-se por calma quando o assunto é futuro no profissional.