Herói da única vitória em La Bombonera, Caio vê São Paulo destemido e favorito na Argentina
O ex-jogador Caio Ribeiro guarda excelente recordação de La Bombonera. No palco do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, o atual comentarista da TV Globo, foi o responsável por dar a única vitória do São Paulo em competições internacionais na história do estádio. Agora, a expectativa criada é de que o time brasileiro amplie a marca com um triunfo sobre o Tigre.
Em entrevista ao UOL Esporte, Caio relembrou detalhes da vitória contra o Boca Juniors, por 3 a 2, pela Supercopa Libertadores, em 1995, deu dicas para o São Paulo repetir o sucesso no estádio, e comentou que vê nos jogadores do elenco atual características suficientes para que o feito seja novamente alcançado. Em outros cinco duelos em La Bombonera, o time brasileiro sofreu quatro derrotas, e empatou uma única vez - todos os confrontos foram contra o Boca -.
SP E TIGRE FAZEM 1º JOGO ESVAZIADO
Se o torcedor do São Paulo esgotou os ingressos para a segunda final no Morumbi com mais de uma semana de antecedência, numa mostra do seu interesse pela Copa Sul-Americana, o mesmo não pode ser dito dos argentinos em Buenos Aires, cidade onde o Tigre sediará a primeira etapa da decisão. O pouco interesse notado tornou o duelo desta quarta-feira esvaziado.
“La Bombonera foi o estádio que mais gostei de jogar na carreira. Gosto da pressão, caldeirão, a torcida adversária vira incentivo. Isso é o que enxergo nesse time do São Paulo. É uma equipe destemida, pronta para um título internacional. Acho que o São Paulo pode muito bem encaminhar isso com uma vitória em La Bombonera. Vejo até o time como favorito”, destacou Caio.
“O que você não pode fazer é se amedrontar com a imponência do estádio, ficar deslumbrado com a arquitetura, e sentir a pressão. La Bombonera tem que ser um estímulo, e acho que o São Paulo pode jogar como se estivesse no Morumbi. Tem time para isso, e está até mais pronto para a vitória do que o nosso time em 95”, complementou.
A empolgação de Caio é a mesma com que o jogador trata a vitória inédita do São Paulo em La Bombonera. No jogo contra o Boca Juniors, o time saiu atrás do placar, virou com dois gols de Amarildo, mas sofreu o empate. Aos 42 minutos do segundo tempo, o atual comentarista marcou o gol do triunfo.
A FICHA TÉCNICA DO JOGO EM 1995
Boca Juniors: Navarro Montoya; Vivas, Gamboa, Medero e Arruabarrena; Giunta, Saldaña, Pico e Márcico; Cabañas e Tchami. Técnico: Silvio Marzolini |
São Paulo: Zetti; Rogério Pinheiro, Gilmar, Bordon e Ronaldo Luís; Alemão, Donizetti, Palhinha (Sierra) e Denílson; Caio e Amarildo. Técnico: Telê Santana |
Gols: Márcico, aos 45’ do primeiro tempo, Amarildo, aos 12’ e aos 19’, Pico, aos 24’ e Caio, aos 42’ do segundo tempo. |
“Modéstia à parte, lembro que foi um golaço. Já existia a rivalidade, e toda a mística do estádio. Me recordo também que o goleiro do Boca era o Navarro Montoya, o que jogava com camisas todas diferentes, e ele não saia do gol. Tive uma experiência ao perder um gol na frente dele, e quando percebi isso, na segunda que recebi, já tirei de dois marcadores, e sai chutando”, narrou Caio.
O elenco formado pelo São Paulo em 95 já contava com Rogério Ceni. No entanto, Zetti foi o titular da partida. O goleiro era um dos poucos experientes de um time em processo de reformulação.
“Isso é o que me faz pensar que o São Paulo atual é mais preparado. O Lucas está pronto, Denílson, Wellington, jovens fixados no time. O nosso ainda estava em formação, com o Denílson vindo da base, jogadores se conhecendo. Ganhamos o jogo, mas não fomos campeões da Supercopa (eliminado nas quartas-de-final para o Cruzeiro. O São Paulo de hoje não está em uma final continental por acaso. O time provou ser forte”, finalizou Caio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.