Tigre acusa chefe de segurança tricolor de agressão; São Paulo aponta incoerência
O Tigre segue repercutindo a confusão da última quarta-feira, na final da Copa Sul-Americana. Neste sábado, o presidente do clube argentino adicionou mais uma denúncia à lista. Segundo ele, o chefe de segurança do São Paulo participou da briga, e teria agredido os jogadores com um pedaço de pau.
“O gerente geral do São Paulo, Carlos dos Santos, foi com outras pessoas aos vestiários durante o intervalo e bateu com um pau nos jogadores do Tigre. Depois que acabou tudo, eu encontrei Dos Santos na delegacia e ele não podia nem me olhar na cara”, disse Rodrigo Molinos, presidente do Tigre, à rádio Deportivo Télam, da Argentina.
Carlos dos Santos, na verdade, é chefe de segurança do São Paulo e é conhecido apenas como José Carlos. O São Paulo confirma que ele estava na confusão com seus subordinados, mas nega qualquer tipo de agressão.
“É uma pessoa que trabalha com a gente há 30 anos. Qualquer homem ali naquela situação não ia deixar seus subordinados apanhando, ele também é um segurança. Vocês viram o vestiário depois que tudo passou. De qual vestiário foram arrancados pedaços de pau, tinham latinha reviradas? O do Tigre”, disse Francisco Manssur, assessor da presidência do São Paulo.
Para o cartola, o que mais incomoda é a mudança constante na argumentação dos argentinos. Por conta do cronograma apertado para voltar para casa, apenas alguns jogadores prestaram depoimento, e não chegaram a citar a ameaça com armas de fogo, como publicou o UOL Esporte, ao contrário do que divulgaram amplamente na imprensa.
Ao chegar na Argentina, o Tigre primeiro pleiteou a realização de uma nova partida. Agora, defende que o São Paulo seja eliminado da Copa Sul-Americana por conta dos incidentes e promete um protesto na Conmebol, que deve tomar uma decisão sobre o Santos nas próximas semanas.
“Eles estão há três dias repercutindo as versões dessa história. O São Paulo foi com seus seguranças na polícia e depôs. Eles nem depuseram. Todo dia esse sujeito aparece com uma coisa nova. Quem está falando a verdade?”, disse Manssur, que não teme que a força política da confederação argentina possa atrapalhar o São Paulo na Conmebol com uma eventual perda do título ou qualquer outra punição.
“Acho que com a caneta do cartola não é possível se fazer um absurdo desses. O presidente da Conmebol e a direção estavam lá e deram a taça para o campeão. Eles não vão se desmoralizar desse jeito. Nós perguntamos a eles ali na hora”, concluiu.
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