Homenageada, Chape recebe taça da Sul-Americana e "divide" com Nacional
Vinte e três dias depois do acidente que matou 71 pessoas - entre elas 19 jogadores da Chapecoense -, o time catarinense recebeu de forma oficial o troféu da Copa Sul-Americana 2016. A formalidade aconteceu na noite desta quarta-feira, em Luque, no Paraguai, durante o sorteio das chaves da Libertadores. A taça foi erguida pelo presidente Plínio David de Nês Filho.
"Um misto de tristeza e alegria invade nossos corações hoje. A nossa querida Chape há oito anos começou se projetar de uma forma singela em busca de objetivos maiores. Essa equipe procurou sempre, com muito otimismo, dedicação, galgar posições", disse Plínio.
O mandatário da Chapecoense, visivelmente emocionado, chamou ao palco o diretor de Gestão do Atlético Nacional, Daniel Jiménez, Em seguida, Plínio lhe deu uma echarpe da Chapecoense, colocado em seus ombros. Os colombianos também receberam um prêmio de fair play.
"Nesta noite, eu gostaria de agradecer a todos, a todas as nações. Mas me permitam, de uma forma muito especial, uma forma muito carinhosa e agradecida, em nome do nosso clube, a Chape, de dividir o troféu que acabamos de receber com aquele que nos deu essa possibilidade, com seu gesto de humanidade e respeito, de dignidade e demonstração de bondade ao ser humano", afirmou o dirigente brasileiro.
A Chapecoense foi declarada campeã da competição após um pedido do Atlético Nacional-COL. Os times se enfrentariam na decisão do torneio em duas partidas: a primeira em Medellín, no dia 30 de novembro, e a derradeira em Curitiba, no Couto Pereira, no dia 7 de dezembro.
Na abertura da cerimônia, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, falou sobre o acidente com o avião da Chapecoense. O dirigente lamentou o fato e exaltou a solidariedade que o futebol mostrou após a tragédia - em especial o Atlético Nacional.
Pouco depois, foram mostradas imagens da campanha da Chapecoense até a inédita final da Copa Sul-Americana - a equipe eliminou Cuiabá, Independiente-ARG, Junior Barranquilla-COL e San Lorenzo-ARG.
A Conmebol também fez uma homenagem aos 20 jornalistas mortos na tragédia de Medellín. Todos foram mostrados no telão. Por fim, Rafael Henzel, único representante da imprensa que sobreviveu, fez um agradecimento, em vídeo, ao povo colombiano.
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