Nova Sul-Americana tem menos brasileiros e fim de "dilema" da Copa do BR
A Copa Sul-Americana começa para os brasileiros nesta terça-feira (4), com muitas novidades no formato. As mudanças inesperadas que a Conmebol anunciou para a Libertadores no final do ano passado também afetaram o segundo principal torneio do continente, que agora será disputado ao longo do ano e contará com menos equipes do Brasil.
Confira as principais mudanças da Sul-Americana 2017:
Mais times e "rebaixados" da Libertadores
A competição passou de 47 participantes para 54. São 44 equipes que iniciam o torneio, mais 10 times que vêm da Libertadores – os dois melhores eliminados na terceira fase preliminar (neste ano, Olimpia-PAR e Junior Barranquilla-COL) e os oito terceiros colocados da fase de grupos. Estes 10 "rebaixados" da Libertadores entram na segunda fase da Sul-Americana e se juntam aos 22 classificados da fase anterior, totalizando 32 times que se enfrentam em sistema de mata-mata até a final.
Começa mais cedo
Em vez de ter início em julho ou agosto e ser disputada só no segundo semestre, como nos anos anteriores, o torneio agora tem início em março. As fases serão bem mais espaçadas entre si e, com isso, a final será novamente disputada em dezembro.
Fim do "dilema" da Copa do Brasil
Como a Sul-Americana agora é disputada ao longo do ano e será mais "diluída" no calendário, é possível jogar o torneio paralelamente à Copa do Brasil. Isso acaba com uma situação esdrúxula que existia antes, quando os times precisavam ser eliminados antes das oitavas de final da Copa do Brasil para poderem jogar a Sul-Americana no segundo semestre.
Menos brasileiros
O Brasil antes tinha oito vagas na Sul-Americana, sendo que os times do país jogavam entre si em uma fase preliminar, para que apenas quatro passassem às oitavas de final. Agora, são só seis vagas brasileiras (neste ano, jogarão Corinthians, Ponte Preta, São Paulo, Cruzeiro, Fluminense e Sport), e o torneio já começa com duelos eliminatórios contra equipes estrangeiras.
Fim de vagas para regionais
Com a diminuição no número de brasileiros, todas as seis vagas passam a ser definidas via Campeonato Brasileiro. Por isso, os torneios regionais que antes davam vaga para a competição continental não têm mais esse benefício. Aliás, os campeões da Copa do Nordeste e da Copa Verde de 2016, Santa Cruz e Paysandu, foram avisados só no fim do ano passado de que não estariam na Sul-Americana da atual temporada.
Campeão não garante mais vaga
Antes, o campeão da Sul-Americana tinha presença garantida na edição do ano seguinte para defender seu título, além de uma vaga na Libertadores. Mas como agora o torneio é disputado ao mesmo tempo que a Libertadores, a vaga automática na Sul-Americana para o campeão (neste caso, a Chapecoense) foi extinta. A única chance de um time ser bicampeão em anos consecutivos é sendo eliminado na terceira fase preliminar ou na fase de grupos da Libertadores.
Fim das fases preliminares
Antes, a Sul-Americana tinha duas fases preliminares antes das oitavas de final. Os brasileiros e argentinos ficavam de fora da primeira, mas eram obrigados a jogar entre si na segunda. Agora, todos os 44 times classificados entram juntos na primeira fase e jogam contra equipes de outros países. Na segunda fase, entram os 10 clubes que vêm da Libertadores.
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