Ceni nega vexame no Morumbi e assume responsabilidade por eliminação do SP
Mesmo com o São Paulo sendo eliminado da Copa Sul-Americana em pleno Morumbi pelo modesto Defensa y Justicia, que ocupa apenas a 15ª colocação no campeonato nacional, Rogério Ceni não fala em vexame. Após o empate por 1 a 1, o treinador minimizou a queda, ressaltou a qualidade do adversário e citou as estatísticas do Tricolor para defender o seu trabalho.
"Não acho que seja um vexame, mas sempre teremos a obrigação. Se fosse Boca, Corinthians, Cruzeiro, Defensa, sempre temos de vencer em nosso estádio. Nós tivemos duas derrotas em casa em 12 partidas, não é bom, e hoje perdemos uma classificação. Longe de ser vexame, mas um time muito bem armado. Tomamos um gol em um lance de desatenção, mesmo com a linha na área posicionada", disse Ceni.
Essa foi a terceira eliminação consecutiva do São Paulo, que se despediu também do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil nesta temporada. O treinador assumiu a responsabilidade pelas quedas, destacou o empenho dos atletas, mas criticou as falhas defensivas.
"Não tenho nada a reclamar dos jogadores, todos dedicados, trabalham firme e que entendem o que a gente quer. Fazemos o máximo para trazer vitórias, mas estamos batendo na trave. A única coisa é que a gente cede gols de uma maneira muito fácil", afirmou o treinador.
"A gente sai na frente, mas cede o gol de uma maneira boba, natural e que os outros não cedem para nós. Nisso precisamos muito melhorar. Cedemos um empate poucos minutos depois de marcar. A culpa pelos resultados é sempre minha, que escolho os jogadores e aceitou trabalhar com esse grupo. Com as vitórias, os frutos serão dos atletas. Enquanto as classificações não chegam, a responsabilidade é toda minha", afirmou o treinador.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Ceni:
Analise do trabalho e estatísticas
"As pessoas analisam o trabalho que faço no dia a dia, a dedicação que eu tenho. São muitas coisas desde janeiro, número de atletas vindos da base. Fomos eliminados de três torneios como o Cruzeiro, que não perdia e agora em quatro dias saiu de duas competições. Nem por isso o treinador não serve. Quando tem competição em fase final, só um passa e os outros são questionados".
"Saímos da Copa do Brasil por um gol, enquanto agora vemos duelos desequilibrados. Aqui conseguimos dois empates e saímos pelo saldo. E contra o Corinthians caímos por um primeiro tempo ruim. O que importa para eles é o desempenho que temos no dia a dia. E nossos números, de 57% de aproveitamento, são melhores dos que os últimos que passaram por aqui. Temos que seguir trabalhando para o Brasileiro e levar em conta as lesões que nos tiraram possibilidades".
Pior jogo do SP no ano
"Pior? Não. Nosso pior jogo foi contra o Ituano, em que voltamos de uma viagem de Natal e merecíamos perder. Foi disparado o pior jogo. Hoje não posso considerar entre os melhores, mas não foi o pior na minha avaliação".
Vai mudar o esquema tático?
"Sempre existe pressão. Vocês estão aqui para tentar o máximo de respostas e entendo o questionamento por termos saído de mais uma competição. Minhas convicções estão nos 45 gols feitos, um time que ataca bem e que precisa aprender a recompor mais rápido. O que importa são as eliminações, porque a campanha não é ruim".
"As eliminações é que são preocupantes. No Brasileiro, com pontos corridos, precisamos detectar as necessidades, com dois ou três jogadores para reforçar o elenco e reverter esse quadro com boa campanha. O objetivo de todos, não só meu, é estar na Libertadores do ano que vem com esperança de ganhar o título".
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