Aposta de 20 anos comanda Fla como gente grande, mas não evita dor em final
Opções não faltavam no elenco do Flamengo. Mesmo com Guerrero suspenso e Diego Alves lesionado, o Rubro-negro tinha nomes como Diego e até o milionário Everton Ribeiro, maior contratação da história do clube – R$ 22 milhões. Os experientes Juan e Réver se mostravam boas armas secretas no jogo aéreo. No banco, Vinicius Júnior, a estrela de R$ 145 milhões como opção. Mas foi uma jovem aposta bancada pelo técnico Reinaldo Rueda que comandou a parada para o clube da Gávea. Todo seu esforço, porém, não foi suficiente e isso ficou claro na expressão do atleta após o apito final. Paquetá desabou e passou a chorar no Maracanã.
"Como eu disse, dói bastante. A torcida vem, faz essa festa, apoia até o final e às vezes, as coisas não acontecem. Mais uma final que a gente batalhou e o título não veio. É tirar de aprendizado alguns detalhes, levar pra 2018 os acertos, melhorar, conquistar títulos e fazer a alegria dessa nação que merece", disse ao SporTV.
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Com uma personalidade consolidada ao longo da reta final da Copa Sul-Americana, Lucas Paquetá, de apenas 20 anos, chamou a responsabilidade e ditou o ritmo das ações ofensivas de um time que precisava vencer a qualquer custo. O menino com jeito de atleta experiente tentou. Correu, lutou, caiu, fez gol. Praticamente tudo. Só não contou com a ajuda de quem deveria decidir. Com o esforço excessivo, no fim, faltou perna e o cansaço parou o jovem meia.
Fosse no meio ou como um ponta pelas laterais, Paquetá participava de todas as construções rubro-negras desde os primeiros minutos. Aguerrido, marcava presença em praticamente todos os cantos, inclusive dentro da área. E foi lá que surgiu para aproveitar um lance de bola parada para fazer 1 a 0 para o Flamengo.
O Independiente assustou. O gol do também jovem Barco de pênalti quebrou o ritmo rubro-negro. Mas não o de Paquetá, que lutava sozinho para que a equipe não se abatesse.
Na volta para o segundo tempo, a jogada que ratificava o protagonismo. Lucas carregou a bola até a pequena área, ganhou a disputa contra três argentinos e quase fez um golaço. A torcida já não cantava como antes, os companheiros pareciam não responder tanto, mas ele seguia ditando o ritmo.
Paquetá já não se limitava a se apresentar no ataque. O jovem que virou símbolo da disposição do Flamengo nesta quarta fazia de tudo um pouco: marcava atrás, buscava a bola, iniciava as jogadas, tabelava e aparecia na frente para tentar finalizar.
Era o retrato perfeito de um Flamengo que, com exceção de Juan, parecia contar apenas com os jovens. Com Diego apagado e Éverton Ribeiro no banco, a esperança era ainda a velocidade de Vinicius Júnior e o faro artilheiro de Felipe Vizeu.
O poder de fogo do menino não chega a ser novidade. Foi de Lucas Paquetá o gol rubro-negro no jogo de ida da final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro. Ali, o status de promessa já começava a ficar para trás. No anúncio da equipe no placar, antes de a bola rolar, o garoto de 20 anos foi um dos mais ovacionados, provando que não conquistou apenas a vaga de titular, mas também o carinho da exigente torcida.
O roteiro parecia perfeito: o Flamengo voltaria a vencer uma competição internacional após 18 anos. E justamente com o brilho de um menino de 20. Mas não foi dessa vez.
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