Lateral holandês ex-Real se recusa a voltar a treinar com salários atrasados
O holandês Royston Drenthe disse que não voltará a treinar enquanto não receber seus salários atrasados. O lateral, que ainda tem contrato com o Real Madrid e está emprestado ao Hércules, cobra cinco meses de vencimentos, e pode agravar a crise entre a liga espanhola e o sindicato dos jogadores.
“Se não derem soluções ao caso vou voltar ao Real Madrid para treinar e ficar forte. De seis meses que estou aqui só me pagaram um. Eu tenho muitos gastos e não posso trabalhar sem receber”, disse Drenthe, em entrevista o Marca.
A imprensa espanhola especula que o holandês receba um salário anual de 2,2 milhões de euros, o mesmo que ele tinha quando ainda estava no elenco do Real Madrid.
O problema do Hércules, 12º colocado do Campeonato Espanhol, não é só com Drenthe. Joaquín Rufete, capitão do time, admite que a situação também o afeta, mas discorda da postura adotada pelo colega.
“A situação do plantel não é um segredo, mas a nossa obrigação é treinar, porque o clube está acima de qualquer coisa”, disse Rufete.
O problema pode agravar a crise entre a liga espanhola e o sindicato dos jogadores. O Hércules não é o único time do campeonato que está devendo salários, e o problema financeiro pode ser mais um argumento para a entidade classista.
O sindicato está ameaçando paralisar a 17ª rodada do Espanhol, que está marcada para o dia 2 de janeiro. Existe um acordo entre a Associação de Jogadores da Espanha (AFE) e a Liga de Futebol Profissional (LFP) que prevê uma pausa entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, incluindo esses dois dias.
Baseada nesse acordo, a AFE acionou a LFP judicialmente pedindo o cancelamento dos jogos marcados para o segundo dia de 2011. A questão ainda será avaliada por um juiz, mas expõe o racha entre as duas entidades.
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