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Carioca - 2019

Azarão na final do Carioca, Boavista almeja lucro no esporte

Folhapress

No Rio de Janeiro

21/02/2011 09h00

Azarão na final da Taça Guanabara, o Boavista é um "clube-vitrine". Assim o define João Paulo Magalhães, um dos gestores do time, criado há sete anos. No sábado, o Boavista eliminou o Fluminense da final do primeiro turno do Estadual do Rio. Nos pênaltis, o time superou o atual campeão brasileiro depois de empatar no tempo normal por 2 a 2.

"Chegar à decisão já é um título. Ganhar a Taça Guanabara é outra história", diz o dirigente de 29 anos, que convive com o esporte desde que nasceu. A final acontecerá no próximo domingo, contra o Flamengo.

Nos anos 80, seus familiares marcaram época no vôlei e no futsal. Eles eram donos da Atlântica Boavista, um dos primeiros clubes-empresa do Brasil. Praticamente sem torcida, o Boavista é um time diferente. Seus gestores não escondem que o objetivo principal é lucrar com a negociação de atletas. A conquista de títulos fica para segundo plano.

Fora isso, o time manda os seus jogos em Saquarema, cidade da Região dos Lagos, mas passa a semana longe de lá. A equipe treina em Xerém, na Baixada Fluminense, a mais de 100 km da cidade-sede

"Como uma empresa, queremos lucro. Mas, aos invés de espalhar atletas por outros clubes, fizemos questão de ter o nosso próprio time para expor os nossos atletas", disse ele.

Este ano, o Boavista quase teve o ex-atacante da seleção italiana Vieri. Ele treinou no clube, mas teve uma contusão e preferiu encerrar a carreira.