Botafogo busca motivação em viradas épicas para surpreender Flu em decisão
A missão do Botafogo contra o Fluminense será difícil e ninguém nega. Entretanto, os alvinegros estão longe de achar que reverter a goleada de 4 a 1, imposta pelo Tricolor, no último domingo, será uma missão impossível. Apesar da dificuldade, o time de General Severiano buscará motivação em viradas épicas ocorridas no futebol para surpreender o Tricolor na final do Campeonato Carioca.
O Glorioso terá que vencer por três gols de diferença para levar a decisão para as cobranças de pênaltis. Para ser campeão direto, os comandados do técnico Oswaldo de Oliveira terão que triunfar por quatro gols de diferença em diante. Ao contrário do regulamento da Copa Libertadores, o Estadual não tem os gols feitos como visitante como quesito de desempate.
“Os exemplos mais recentes são sempre os mais sentidos. Cada um tem sua história de vida, um exemplo desses. Temos uma luz no fim do túnel, temos uma referência. Isso facilita um pouco. Vamos buscar esse norte, essa bússola e tentar reverter o resultado”, disse o treinador.
AS VIRADAS ÉPICAS QUE MOTIVAM O BOTAFOGO A REPETIR FEITO CONTRA O FLU
| JOGO DE IDA | JOGO DE VOLTA | |
 | Se hoje em dia, jogar na altitude é um assunto polêmico, há exatos 19 anos ela já fazia suas vítimas. Em 1993, o El Nacional-EQU recebeu o Sporting Cristal-PER em Quito. Com a ajuda dos mais de 2. 800 metros, os donos da casa não encontraram muita dificuldade e golearam os peruanos por 3 a 0. Assim, os equatorianos pensavam que tinham liquidado a fatura, mas havia o jogo de volta e tudo mudou. | Após ser derrotado por 3 a 0 pelo El Nacional, na altitude de Quito, o Sporting Cristal precisava de um milagre para reverter a situação. Foi o que aconteceu em jogo que ganhou o nome de “La Remontada”. Em Lima, os peruanos se recuperaram de forma esplendorosa e avançaram às quartas de final da Libertadores após aplicar uma sonora goleada de 4 a 0. O destaque foi Marquinho (foto), que marcou o quarto gol de pênalti. |
 | O duelo semifinal do Campeonato Brasileiro de 1995, entre Fluminense e Santos entrou para a história. Após abrir o placar com Giovanni, em pleno Maracanã, os paulistas não aguentaram à pressão Tricolor na etapa final e sofreram goleada de 4 a 1. Renato Gaúcho, Ronald, Leonardo e Cadu fizeram os gols dos donos da casa, que levaram uma grande vantagem para o jogo decisivo no litoral santista. | No Pacaembu, o Santos mostrou desde o início da partida que a história seria diferente. Após muito pressionar, os paulistas terminaram o primeiro tempo com 2 a 0, gols de Giovanni (foto). Macedo ampliou, mas Rogerinho descontou. Camanducaia ampliou e Marcelo Passos fez o quinto. O Fluminense ainda diminuiu novamente com Rogerinho, mas não havia mais tempo e o Alvinegro chegou à final contra o Botafogo. |
 | Nas quartas de final da Copa Libertadores de 1999, mais uma virada em 180min que entraria para história. O Estudiantes de Mérida-VEN não tomou conhecimento do tradicional Cerro Porteño e venceu por 3 a 0 na primeira partida dentro de casa. O detalhe ficou pela comemoração dos venezuelanos que já se consideravam classificados para as semifinais após o apito final daquela partida. | Sete dias depois, as equipes voltaram a se encontrar, mas dessa vez no estádio La Olla Azulgrana, em Assunção. Os paraguaios precisavam de três gols para levar a decisão para as cobranças de pênaltis. Entretanto, o resultado final saiu melhor que a encomenda: 4 a 0 e classificação para semifinais da Libertadores. Destaque da equipe era Gauchinho (foto), artilheiro da equipe com seis gols na competição internacional. |
 | Na Liga dos Campeões 2003/04, o Milan teve uma atuação de gala jogando no San Siro e goleou, de virada, o Deportivo La Coruña por 4 a 1. Os espanhóis saíram na frente, mas o dia era de um brasileiro: Kaká (foto), na primeira temporada como titular do rubro-negro italiano, foi o destaque da partida e marcou dois gols. Shevchenko e Pirlo também fizeram. O time, porém, passaria por maus bocados na Espanha. | Com os três gols de vantagem do Milan, poucos poderiam prever o que estava por vir. Menos tradicional que o rival, o Deportivo La Coruña não se importou com a diferença entre as equipes e entrou como franco atirador. Deu certo. Os donos da casa partiram para cima e terminaram o primeiro tempo vencendo por 3 a 0, o que já lhes garantia na semifinal. Fran ainda marcou o quarto e deu números finais em vitória histórica. |
 | A virada mais recente ocorreu neste ano. Na última quarta-feira, para ser mais exato. Mais uma vez. A altitude foi o grande destaque. O Deportivo Quito-EQU, acostumado a jogar nessas condições, massacrou a Universidad de Chile por 4 a 1. Alustiza (2), Checa e Tenório marcaram para os donos da casa, que jogaram grande parte do jogo com um jogador a menos. Rodriguez descontou para os chilenos. | Campeão da Copa Sul-Americana 2011, o Universidad de Chile ficou mordido pela goleada sofrida no equador. Para passar de fase, os chilenos teriam que vencer por três gols de diferença. Fez mais, o dobro. Vitória indubitável por 6 a 0 e vaga para às quartas de final da Copa Libertadores. Diaz, Mena, Henriquez (2, na foto), Fernandes Jr (2) marcaram para a La U e mostraram que sem altitude a história é outra. |
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