Volta Redonda vive clima inédito de final para decisão entre Botafogo e Flu
Palco da final da Taça Rio entre Botafogo e Fluminense, a cidade de Volta Redonda vive um dia diferente neste domingo. Apesar de já ser o palco principal do futebol carioca há algumas semanas - desde a interdição do Engenhão -, a cidade do sul fluminense experimentou pela primeira vez um clima de decisão nesta tarde.
Com previsão de lotação máxima para o jogo das 16h, o Estádio Raulino de Oliveira viu seu entorno ser tomado por torcedores, ambulantes e todo o quadro de profissionais envolvidos na decisão inédita.
Torcedores formam longa fila em porta de restaurante de Volta Redonda antes da final
Com público médio de cinco mil torcedores durante as partidas do Campeonato Carioca, o estádio de Volta Redonda deverá receber mais de 15 mil expectadores neste domingo. E aumento considerável do movimento foi notado ainda nas primeiras horas da tarde.
Cambistas e ambulantes, figuras tradicionais dos estádios, se multiplicavam nos arredores do local. Restaurantes do entorno do Raulino de Oliveira que costumam receber torcedores para o almoço de domingo tiveram filas de quase uma hora de espera.
"É tudo muito novo para nós. A cidade está vivendo uma enorme expectativa. Felizmente, essa decisão dobrou meu faturamento. Tomara que eu consiga dar conta desse povo todo querendo almoçar", disse Glauco Fontenelle, gerente de um dos restaurantes do entorno.
"Estou sentido que vai faltar bebida aqui no meu isopor. Preciso providenciar mais. Nunca vi um movimento tão grande faltando cerca de três horas para o jogo. É muito bom ver nossa cidade recebendo uma final desse porte", comemorou a ambulante Alice Miranda.
Como não poderia deixar de ser, o policiamento teve seu efetivo aumentado. Se antes cerca de 250 policiais eram destinados para os jogos em Volta Redonda, desta vez 450 homens irão garantir a tranquilidade dentro e fora do estádio, entre Polícia Militar e Guarda Municipal.
Novos hábitos
A final em Volta Redonda não mudou apenas a rotina dos profissionais envolvidos direta e indiretamente com a decisão, mas também a de torcedores. Muitas famílias deixaram a capital fluminense na manhã de domingo para passar o dia em Volta Redonda e torcer pelo seu clube de coração.
"É uma sensação diferente. Quando eu era menor, saía com meu pai tarde de casa e ia ao Maracanã. Hoje, saí cedo do Rio, peguei a estrada [cerca de 130 km] e vi passar o dia com meus filhos aqui. Almoçamos e daqui a pouco vamos entrar no estádio. Acabou sendo um programa legal", relatou o advogado Alberto Morais, de 39 anos, que estava acompanhado ainda de sua esposa.
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