União, brincadeiras, Zinho... Líder Vasco mantém bom ambiente após queda
O clima de terra arrasada em Curitiba, dia 6 de dezembro do ano passado, ficou para trás. Mesmo rebaixado no Campeonato Brasileiro, o elenco do Vasco ganhou um voto de confiança da diretoria pelo poder de reação apresentado e foi mantido em sua maioria. Hoje líder isolado da Taça Guanabara e invicto há 15 jogos, o grupo aponta o entrosamento e a união como um dos fatores preponderantes para os quase cinco meses sem derrota da equipe.
No dia a dia e em entrevistas, jogadores e comissão técnica gostam de frisar a todo o instante este clima, facilmente notado em treinos, jogos e concentrações. Para o técnico Jorginho, uma peça importantíssima neste processo é seu auxiliar Zinho. Falando a mesma língua dos boleiros, é uma das pessoas mais queridos pelos atletas, que costumam chamá-lo de “tetra”, em alusão à conquista da Copa do Mundo de 1994, quando jogou ao lado do treinador.
O profissional costuma ser cirúrgico nos momentos de apoio a jogadores em baixa e tem feito o elo entre jovens e experientes. Ele e Jorginho também são adeptos de que os atletas se revezem nas mesas dos almoços e jantares para evitar a formação de "panelinhas" no grupo.
Os “presidentes”
A descontração marca o ambiente vascaíno em São Januário. No grupo de cerca de 30 atletas - que varia com a transição dos que têm idade para ainda atuar pelos juniores - há dois que foram eleitos os “presidentes”: Nenê e Julio Cesar, “donos” de suas respectivas equipes nos rachões que, de vez em quando, acontecem nos treinamentos cruzmaltinos.
O “time-base” do camisa 10 conta com Gabriel Félix e Jordi (que às vezes atua na linha), Madson, Jomar, Kadu Fernandes, Mateus Pet, Marcelo Mattos, Julio dos Santos, Andrezinho, Caio Monteiro, Thalles, além de “participações especiais”, em algumas oportunidades, de Jorginho e Zinho. O zagueiro Rodrigo, recentemente, foi “contratado” também por Nenê.
Já o do lateral esquerdo vem com Martín Silva, Diogo Silva (se revezam no gol e na linha), Yago Pikachu, Luan, Rafael Vaz, Aislan, Henrique, Matheus Índio, William Barbio, Jorge Henrique, Eder Luis, Riascos, entre outros.
Sertanejo dá o tom
A trilha sonora do Vasco de Jorginho é o sertanejo. O ritmo musical domina as caixas de som da academia de São Januário onde realizam os trabalhos físicos e também os aparelhos portáteis nas concentrações e vestiários.
No topo das paradas atualmente, Wesley Safadão é outro que faz sucesso nas “resenhas” dos boleiros vascaínos.
Andrezinho e Julio Cesar: os zoadores
No quesito “zoação”, quem costuma dar o tom é o meia Andrezinho, dono da agora famosa teoria da “sopa de garfo”, e o lateral esquerdo Julio Cesar. Quem confirma é o atacante Jorge Henrique:
“Os dois são chatos (risos). Mas é tudo no respeito e na brincadeira”, revelou o jogador à TV Band.
Apostas de Nenê
Já Nenê gosta de provocar os goleiros do elenco. Após os treinos, é comum vê-lo apostando com os arqueiros em cobranças de pênalti, falta e finalizações (veja no vídeo acima). Quem perde, costuma servir o almoço nas concentrações.
Recém-promovido aos profissionais, Gabriel Félix já se gabou em redes sociais por ter pego alguns pênaltis do camisa 10, que em jogos oficiais pelo Vasco tem 100% de aproveitamento nas nove cobranças que teve até aqui.
O meia também tem chamado a atenção com suas transmissões ao vivo no Facebook. Na última segunda-feira, por exemplo, chegou até mesmo a fazer um quiz com os internautas e sorteou brindes.
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