De Cocada a Riascos: Vasco tem histórico de talismãs contestados
Com seu estilo peculiar, Riascos vai, aos poucos, gravando seu nome na história do Vasco. Criticado pela torcida quando chegou ao clube, o colombiano tem trilhado o mesmo caminho de outros jogadores que passaram por São Januário. Atletas que ficaram marcados por terem sido contestados no início e depois fizeram gols decisivos, como Cocada, Sorato, Zezinho e Rafael Silva.
No último domingo, por exemplo, o atacante foi o grande protagonista ao balançar a rede do Fluminense e dar o título da Taça Guanabara ao Cruzmaltino após 13 anos.
Atualmente nas graças da galera, ele tem se notabilizado, inclusive, por ser carrasco dos arquirrivais vascaínos. Neste ano, por exemplo, além do Tricolor, Riascos marcou sobre Flamengo e Botafogo. Em 2015, o Rubro-Negro também sofreu gol do colombiano, “rei das dancinhas” nas comemorações.
"Estou muito feliz com minha presença no Vasco. As pessoas têm um carinho especial comigo e eu também tenho por eles. Espero que os clubes possam chegar a um acordo. Não apenas eu, mas minha família está muito feliz no Rio", disse Riascos.
Com contrato de empréstimo terminando em maio, o atacante ainda não sabe se continuará no Vasco ou retornará ao Cruzeiro. "Espero não sair. O Vasco está conversando com o Cruzeiro e eu trabalho no dia a dia, procuro não pensar".
Veja outros talismãs do Vasco:
COCADA
Luiz Edmundo Lucas Corrêa, o Cocada, nunca foi um jogador de destaque. Irmão do ex-são paulino Müller, ele teve passagens por Flamengo e Fluminense, mas foi no Vasco que, definitivamente, marcou seu nome na história do futebol carioca e do clube. Reserva em 1988, o atacante entrou na final do Campeonato Carioca aos 41 minutos do segundo tempo, fez um golaço do título aos 44 e foi expulso aos 45, após tirar a camisa na comemoração.
Após o apito final, ele profetizou aos jornalistas:
“Vai estar escrito daqui há 20 anos que o Vasco da Gama conquistou o bicampeonato, com um gol do Cocada, aos 44 minutos, que entrou em campo aos 41 e foi expulso aos 45. Quer dizer, é um marco histórico para qualquer jogador”.
E, de fato, se tornou histórico. O lance marcou o último título conquistado pelo Vasco sobre o rival Flamengo e lhe rendeu homenagens.
Ainda no período, um disco (LP) foi lançado com a narração do gol por José Carlos Araújo. Na capa, uma ilustração trazia uma típica baiana vendendo cocadas.
Anos depois, uma antiga fornecedora de material esportivo do Vasco (Reebok) lançou uma camisa comemorativa com o número 13, o mesmo que vestia quando fez o gol histórico.
SORATO
Revelado nas categorias de base do Vasco, Sorato era visto como promessa. Embora nunca tenha sido muito contestado, jamais chegou a estourar como se imaginava. No entanto, sempre se mostrou oportunista e eficiente em sua carreira e nos clubes em que passou.
No Vasco, entrou para a história ao marcar o gol do bicampeonato brasileiro, em 1989, em um Morumbi lotado, contra o São Paulo, com uma bela cabeçada após cruzamento do lateral direito Luiz Carlos Winck.
ZEZINHO
Contratado junto ao América de Natal para ser integrado a um elenco que reunia Juninho Pernambucano, Felipe, Mauro Galvão, Donizete e Luizão, o atacante Zezinho logo se tornou uma espécie de talismã para o segundo tempo. Foi explorando sua velocidade que o Vasco chegou ao terceiro gol na vitória por 3 a 1 sobre o Santos no primeiro jogo da final do Rio-São Paulo de 1999, torneio este que o Cruzmaltino se sagraria campeão uma semana depois.
O jogador perambulou por uma série de clubes após deixar o Vasco em 2000, com a chegada de Romário e Viola, e encerrou a carreira em 2011.
RAFAEL SILVA
O talismã mais recente do Vasco foi Rafael Silva. Contestado em sua chegada, em 2014, ele também cravou seu nome na história do clube ao marcar dois gols nas finais do Campeonato Carioca do ano passado, quando o clube conquistou o título. Também em 2015, o atacante fez o gol que eliminou o Flamengo nas oitavas de final da Copa do Brasil. Atualmente, o jogador defende o Cruzeiro.
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