Ele virou vilão no Bota em final contra Vasco. E tenta redenção no rival

3 de maio de 2015. Marcelo Mattos, pelo Botafogo, recebe a bola na intermediária de defesa, aos 45 minutos do primeiro tempo, e não percebe a aproximação de Gilberto. O atacante vascaíno o desarma e inicia o contra-ataque que culmina no gol de Rafael Silva, o primeiro no que seria a vitória por 2 a 1 do Cruzmaltino, que daria o título carioca ao clube de São Januário. Passado um ano do trauma, o volante tem agora a possibilidade de reescrever uma nova história, desta vez atuando do outro lado do clássico.

Titular do Vasco após um período turbulento, onde deixou o Alvinegro e não foi bem no Vitória, Marcelo Mattos diz acreditar que estar em sua segunda final consecutiva de Estadual é um misto de sorte e trabalho.

“Eu só fico feliz por um ano atrás estar em uma final e agora disputar outra. Isso mostra que estou tendo sorte, o trabalho também está sendo bem feito e as coisas estão correndo bem”, avaliou.

Hoje vivendo uma lua-de-mel com o Vasco, Marcelo Mattos admite que sofreu com a saída do Botafogo após cinco temporadas no clube.

“Fiquei surpreso com minha saída. Eu não esperava. Isso me fez muito mal, me colocou muito para baixo. Depois fui para o Vitória e não consegui dar a volta por cima lá. Mas com o apoio da minha família, encontrei uma casa boa para me reerguer e voltar a encontrar meu futebol. Estou muito feliz. Essas coisas acontecem no futebol”, desabafou.

Marcelo Mattos chegou ao Vasco ainda no início da temporada e, após um período de recondicionamento físico, entrou na equipe titular de Jorginho e não saiu mais, se tornando homem de confiança do treinador.