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Simples x Popstar: Richarlison e Guerrero duelam por artilharia do Carioca

O tricolor Richarlison e o rubro-negro Guerrero brigam por título e artilharia no Rio - Montagem/UOL
O tricolor Richarlison e o rubro-negro Guerrero brigam por título e artilharia no Rio Imagem: Montagem/UOL

Leo Burlá e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/04/2017 04h00

Se dentro de campo o rubro-negro Guerrero e o tricolor Richarlison demonstram semelhanças para vencer os goleiros adversários, são enormes as diferenças no estilo de vida dos únicos jogadores que ainda seguem vivos na briga pela artilharia do Campeonato Carioca.

Com nove gols, o peruano está empatado com Adriano, do Nova Iguaçu. Com um a menos, o atacante do Fluminense tenta descontar a diferença nas finais.

Sem a badalação que cerca o principal jogador da seleção peruana, Richarlison vive um ano de afirmação nas Laranjeiras. Após uma temporada conturbada em 2016, ele vem justificando os R$ 10 milhões empregados em sua contratação. Apesar dos gols e da fama crescente, o capixaba foge do estilo “boleiro” e não pretende dividir as manchetes das colunas de celebridades com o concorrente.

“Ando com as minhas roupinhas mesmo. Mas carrão, roupa de marca, não ligo. O importante é comprar a minha casinha e a casinha dos meus pais. Depois, penso no oba-oba. Não sou de sair para a noite, prefiro jogar vídeo game em casa. O Rio é um lugar em que muita gente se perde, mas não sou de sair e não gosto de bebida”, disse Richarlison ao UOL Esporte.

Já o camisa 9 da Gávea é alvo dos holofotes desde que desembarcou na Cidade Maravilhosa. Cercado de expectativas, ele logo atraiu atenção dos paparazzi apesar da timidez e do estilo muitas vezes reservado.

Com o corpo lotado de tatuagens, o artilheiro logo ganhou música da torcida do Flamengo, mas vive apenas agora o melhor momento no clube. Fora de campo, encara uma vida com ares de pop star, com direito a investir na criação de cavalos de raça e do lançamento de um filme com a história da sua vida no Peru.

Em busca da primeira artilharia pelo Flamengo, Guerrero evita falar de objetivos pessoais e conta que a principal meta é levantar o troféu pelo clube. “O objetivo é sair campeão. Vou trabalhar para o time. Não importa quem faz o gol. Se fizer gol, melhor ainda. Ser artilheiro, para todo centroavante, é importante. Mas trabalho com respeito ao time. Quando puder fazer gol, vou fazer”, ressaltou.

A competição não impede que Richarlison elogie o concorrente direto. O estilo lutador de Guerrero é destacado por ele, que vê semelhanças na maneira de jogar. “O Guerrero é um dos melhores do Brasil hoje. Faz muitos gols e serve de inspiração, briga muito ali na frente. Mas eu não faço tatuagem, não”, brincou.

A dois dias da primeira partida da final do Campeonato Carioca, os dois artilheiros seguem as respectivas preparações para ver quem leva a melhor no domingo, a partir das 16h (de Brasília), no Maracanã. A última vez em que o Flamengo teve um goleador foi em 2013 (Hernane - 12 gols). O Fluminense comemorou o feito com Fred em 2015 (11 gols).

De acordo com a tabela de premiações da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), o artilheiro do Campeonato Carioca receberá R$ 15 mil.