TJD oferece denúncia e Flu pode ser excluído do Carioca; Abad na mira
A confusão que marcou a decisão entre Fluminense e Vasco ainda vai render dor de cabeça nos tribunais, especialmente aos tricolores.
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Em contato com a reportagem do UOL Esporte, André Valentim, procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), informou que já formalizou a denúncia e enquadrou o Flu no artigo 231 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A condenação pode resultar na exclusão do Fluminense do Carioca. Valentim pediu a suspensão preventiva dos citados, mas o pedido foi negado por Marcelo Jucá, presidente do TJD. O julgamento, no entanto, acontecerá normalmente.
"Eles foram para a Justiça Comum antes de irem até a Justiça Desportiva. É a primeira vez que aplico esse artigo. Quem fala o que quer, escuta o que não quer", disse ele, que já encaminhou o material à presidência do TJD.
Além do clube, o presidente Pedro Abad também está na mira. O mandatário foi enquadrado no artigo 243-D, que trata sobre "incitar publicamente o ódio ou a violência". Se condenado, o dirigente pode pegar um gancho de um a dois anos.
"O Pedro Abad chamou a torcida para guerra, isso foi sanguinário. A denúncia será em cima de quem deu asa a essa confusão", afirmou o procurador.
Valentim isentou Alexandre Campello, presidente do Vasco, de qualquer responsabilidade, ainda que o clube tenha incentivado a ida de seus torcedores em meio à incerteza sobre se os portões seriam abertos:
"O Campello teve uma postura perfeita, protegeu os torcedores dele".
A confusão na decisão teve origem na ocupação do Setor Sul do Maracanã. Por contrato, o Tricolor entende ter a prerrogativa de ocupar este espaço. Mandante do clássico, o Vasco alega que a concessionária Maracanã S.A autorizou a comercialização desta faixa do estádio para os cruz-maltinos.
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