Eurocopa dá largada na semifinal com variação inédita de estilos de jogo

UOL, em São Paulo

  • AP Photo/Gero Breloer

    Ronaldo é a principal estrela de Portugal no duelo contra  Espanha, nesta quarta

    Ronaldo é a principal estrela de Portugal no duelo contra Espanha, nesta quarta

As semifinais da Eurocopa apresentam um cardápio inédito com quatro estilos e sistemas de jogo diferentes. A Espanha surpreende com um falso nove, a Alemanha não abre mão de um centroavante, a Itália desfila com dois pontas e Portugal joga com três atacantes definidos. Ainda que os técnicos possam surpreender nos duelos da semi, a lógica indica que será inevitável o duelo de propostas em encarar e praticar futebol. 

Portugal e Espanha abrem a fase nesta quarta-feira, às 15h45 (horário de Brasília), em Donetsk, na Ucrânia. Na quinta, no mesmo horário, Alemanha e Itália duelam em Varsóvia, na Polônia. O Placar UOL Esporte acompanha ambas as partidas.

Desde sua consagração na Copa do Mundo de 2010, a Espanha do técnico Vicente Del Bosque teve que se mexer para manter o time competitivo. A ausência por lesão do goleador David Villa, maior artilheiro da história da seleção espanhola, e as oscilações de Fernando Torres criaram um problema para o técnico, que o resolveu com a implementação de um esquema com um ataque sem uma referência na área.

Fábregas, autor de dois gols na Euro, está praticamente no meio-campo e se desloca para o ataque, ajudado pela enorme posse de bola que dão Xavi, Iniesta e David Silva ao time. Os resultados foram bons, ainda que esse estilo de jogo tirou força de ataque, abrindo espaço para alguns debates na imprensa espanhola:'¿España aburre?' (Espanha é um tédio?) questionam.    

Del Bosque fez mistério na véspera da partida. "Precisamos ter em conta alguns detalhes do rival, mas temos que ser nós mesmos e desenvolver nossas ideias", afirmou.

Já o técnico de Portugal, Paulo Bento, escalou um ataque com três pontas, girando ao redor do craque do time, Cristiano Ronaldo, com Nani pela direita e possivelmente Hugo Almeida no centro. "Nossa estratégia já está preparada e não se baseia na escalação da Espanha. Não mudará se jogam Pedro ou Cesc como falso novo. Ronaldo é muito importante para a gente. Nós da dinamismo", afirmou Bento.

A segunda semifinal, que será disputada na quinta-feira, também às 15h45, poderia ser vista como um duelo histórico de dois estilos: futebol físico contra o catenaccio. Poderia, pois os técnico Löw, da Alemanha, e Cesare Prandelli, da Itália, renovaram as características de jogo dos seus países.


Prandelli repetirá um tradicional 4-4-2, com Mario Balotelli e Cassano na frente, auxiliados por um meio campo com a figura de Andrea Pirlo distribuindo o jogo, como figura central da Itália na Euro. Os italianos já demonstraram versatilidade, pois utilizaram, também, o esquema 5-3-2, com o polivalente De Rossi como zagueiro central. Com a classificação garantida, a Itália voltou ao sistema original e foi assim que passou pela Inglaterra nas quartas.

Já o técnico alemão, Joaquim Löw, aposta em um modelo com um centroavante de referência, com três jogadores rápidos com liberdade para chegar ao ataque: Thomas Muller, Mesut Ozil, Lukas Podolski.

Mario Gómez, autor de três gols na Euro, é a primeira opção, mas tem como substituto direto Miroslav Klose, segundo maior artilheiro da seleção alemã, atrás apenas do lendário Gerd Muller.

"Minhas decisões não dependem dos resultados anteriores e, sim, das necessidades para o próximo jogo. Vamos estudar se haverá mudanças ou não", afirmou Löw. Até agora, porém, ele seguiu a sua cartilha, variando apenas os nomes dos jogadores, sem mudar o esquema que tem dado certo.

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