03/02/2010 - 11h14

Fossati pediu para Sorondo permanecer no Inter e recusar proposta do Boca

Jeremias Wernek

Em Porto Alegre (RS)

Zagueiro Sorondo foi 'aconselhado' por seu treinador para que não trocasse de clube nesta temporada

O uruguaio Sorondo confirmou na última terça-feira que recusou uma proposta do Boca Juniors para ficar no Internacional. Além da estrutura que encontra no Beira-Rio, a conversa do compatriota e técnico do Inter, Jorge Fossati, foi fundamental na decisão.

“Houve o contato sim, mas eu falei com a diretoria e com o treinador. A minha intenção era ficar e a deles também. E a decisão foi tomada por tudo”, explicou do seu jeito, com poucas palavras, o zagueiro ex-Inter de Milão, que no Inter ainda carece de sequência de jogos. Logo que chegou, Sorondo sofreu uma grave lesão no joelho. Ficou quase dez meses parado. Ao retornar aos campos, ele voltou a sentir a articulação.

“É verdade que ele me consultou quanto à proposta do time argentino. Eu disse que se fosse por mim, que ele ficasse. Eu gostaria de contar com ele durante todo o ano, mas eu não vou impedir se for uma grande proposta. A determinação era dele, falou que estava muito bem no Inter esperando a oportunidade de jogar. Eu falei que a oportunidade ia chegar, por que é um muito bom zagueiro”, revelou o técnico Jorge Fossati, que quando comandava a seleção do Uruguai convocou Sorondo.

A boa relação entre os dois, porém, fica do campo para fora. A definição do time não é influenciada por isso. É o que garantem as duas partes. “O Sorondo vai ter o mesmo tratamento de todo mundo. Meu dever é respeitar todos. Eu conheço ele desde que começou no futebol uruguaio, mas isso não muda nada”, apontou o treinador. “A gente se conhece, mas pode ter certeza que dentro do campo, dentro do treino, sou tratado como os demais. Os fatos de nos conhecermos não tem influência com o profissional”, finalizou o zagueiro.

De toda forma, nesta quarta-feira, contra o Novo Hamburgo, Sorondo vai ter a chance de mostrar não só a Fossati, mas principalmente ao torcedor, que pode receber uma chance do comandante. Sem que isso seja encarado como uma troca de favores, algo fora de questão entre a dupla.