UOL Esporte Campeonato Gaúcho
 
25/03/2010 - 02h30

Discurso da cúpula do Inter já foi usado antes da queda de outros treinadores

Jeremias Wernek
Em Porto Alegre
  • Vitório Piffero (c) e Fernando Carvalho (d) já asseguraram permanências de técnicos antes

    Vitório Piffero (c) e Fernando Carvalho (d) já asseguraram permanências de técnicos antes

As frases de respaldo e continuidade no trabalho de Jorge Fossati no Inter não podem ser levadas ao pé da letra. Outros episódios semelhantes deixaram uma lição: quando a pressão aumenta, os resultados desaparecem e os cartolas não são veementes, tudo pode acontecer.

Primeiro foi com Abel Braga, ainda em 2008. Horas antes do treinador campeão mundial dois anos antes pedir as contas, os dirigentes bradavam sua permanência no Beira-Rio. Com a saída de Abel, o Inter escolheu Tite como seu sucessor.

Mais recentemente, o padrão foi empregado com o próprio Tite. A derrota para o Coritiba, 2 a 0 no Couto Pereira, em outubro, determinou a queda do profissional. Porém, no vestiário vermelho, ainda no estado paranaense, o discurso era de seguimento. “É evidente que não (sobre a possibilidade de demissão do técnico). Não é em cima de uma pessoa que colocamos a culpa”, disse à época o presidente Vitório Píffero.

No começo da madrugada do dia seguinte, a informação de saída do treinador vazou e foi confirmada antes do meio-dia pelos membros do departamento de futebol. Na vaga de Tite entrou Mário Sérgio.

Agora, com Jorge Fossati, tudo se desenha para mais um final similar. A goleada histórica, definida como ‘vergonhosa’ por conselheiros, para o São José, no Passo d’Areia, deve ter sido o último jogo do uruguaio no Inter. Uma reunião entre diretores, nesta quinta, encaminhará a situação. O nome de Muricy Ramalho é, imediatamente, lembrado. Pela identificação, pela disponibilidade e, igualmente, por ter sido tentado antes de Fossati, na virada do ano. A segunda opção seria Abel Braga, no futebol árabe.
 

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