Para Sandro, esquema com dois zagueiros não comprometeu defesa em partida contra o Cerro
O técnico Jorge Fossati não gosta que seus comandados opinem publicamente sobre o esquema tático. Mas os jogadores do Inter voltaram a defender a manutenção do time no 4-4-2, considerado o esquema no qual eles se sentem mais à vontade para jogar.
“Acho que encaixamos na formação. Estamos mais entrosados. Se o Fossati gostou ou não, ele vai dizer. Mas no meu ponto de vista, equipe jogou bem”, afirmou o volante Sandro, se referindo à atuação da equipe na vitória por 2 a 0 contra o Cerro, na última quarta.
Para Sandro, o 4-4-2 foi o esquema no qual a equipe se encontrou no final do Brasileirão do ano passado, garantindo a vaga na Libertadores deste ano. Apesar do técnico Jorge Fossati gostar de uma defesa sólida, com três zagueiros, Sandro acredita que a defesa não teve problemas na partida contra o Cerro, quando o Inter jogou com apenas dois zagueiros e com dois laterais – Kléber e Nei – que gostam de apoiar.
“O sistema defensivo foi muito bem, não deixou o Cerro criar oportunidades de gol. Mesmo que tenhamos dois laterais que apoiam, tivemos o equilíbrio defensivo e isso é o importante”, destacou. Foi no 4-4-2 que o Inter perdeu para o São José e para o Caxias no Campeonato Gaúcho.
Sandro também revelou que procura ficar mais atento, para cobrir os espaços dos laterais e do companheiro Guiñazu. “Tenho que ficar bastante atento na partida. Acho que minha função é dar mais segurança aos jogadores e isso que pretendo fazer”, completou.
O lateral-direito Nei, que vai ganhar uma sequência de jogos com a lesão no ombro do colega Bruno Silva, também defendeu o esquema com dois zagueiros. Ele não vê problemas no fato de que tanto ele como o lateral-esquerdo Kleber sejam jogadores que subam bastante ao ataque.
“Primeiro temos que nos preocupar em marcar, ocupar os espaços e só sair na boa. Quando você chega no ataque tem que aproveitar. Mas é tranquilo para mim e para o Kleber, já jogamos no 4-4-2 e dá para atuar bem”, analisou Nei.
O jogador também demonstrou não se sentir muito à vontade com as mudanças de esquema tático. “Se você variar muito, acaba se perdendo. Complica mais para os laterais: uma hora precisa fechar atrás dos zagueiros, outra hora não. Se fechar no 4-4-2 vamos aproveitar”, finalizou.
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