MP pede imagens para apurar vandalismo no Gaúcho. Três são vetados em jogos
O fim do Gauchão foi marcado por vandalismo. Os gremistas no anel superior do Beira-Rio quebraram as cadeiras do estádio e usaram-as como armas, arremessando contra os colorados colocados logo abaixo. Após caso, que pode custar caro ao Grêmio, o Ministério Público do Rio Grande do Sul já solicitou inquérito policial e quer analisar as imagens para identificar todos os responsáveis.
No domingo mesmo, sete audiências já ocorreram no Juizado Especial Criminal do Beira-Rio. Nem todas relativas a isso. Houve uma discussão, um aficionado portando drogas, barrado com uma cadeira na mão, mas que apenas foi acusado de causar dano ao estádio vermelho.
Além disso, três torcedores foram previamente afastados dos estádios de futebol através de medida cautelar. Um identificado quebrando cadeiras e arremessando contra os colorados, que ficará até o fim do processo proibido de comparecer em praças esportivas. Um que foi flagrado urinando em viatura da Brigada Militar, que não poderá comparecer em quatro jogos. E um causando tumulto e portando drogas, que está vetado por três meses.
Mas o objetivo do Ministério Público é encontrar todos os responsáveis e tirá-los do convívio esportivo. Para isso, as imagens do sistema de câmeras do Beira-Rio já foram coletadas e as gravações de redes de televisão também servirão para identificação dos vândalos.
"Foi encaminhado ofício para inquérito policial. Estamos integrando imagens do sistema do Beira-Rio e das redes de televisão. O procedimento mais sumário é análise das imagens. Os que já foram identificados, foram detidos no momento. O crime de tumulto pode causar suspensão de até 3 anos dos estádios", explica o promotor José Seabra Mendes Júnior, responsável pela Promotoria do Torcedor no Ministério Público Gaúcho, ao UOL Esporte.
Por conta do tumulto natural em uma decisão e a quantidade de audiências a serem realizadas, nem todos puderam ter caso resolvido no próprio domingo. Agora a ideia é ir atrás dos demais responsáveis.
"Hoje mesmo a promotoria oficia para delegacia de polícia e abre-se o inquérito. As imagens serão apuradas e as identidades descobertas. Inicia-se, então, a investigação aos que não foram presos. A polícia vai atrás deles", concluiu Seabra.
O Grêmio pagará pelo dano causado no Beira-Rio. A soma do prejuízo com mais de 150 cadeiras quebradas, vidros e banheiros pode ultrapassar os R$ 50 mil.
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