Contraprova de exame antidoping dá positivo e Magrão terá que provar câncer
O volante Magrão, de 36 anos, teve exame antidoping com resultado positivo revelado antes das quartas de final do Gauchão. O jogador, que já passou por Corinthians, Inter e Palmeiras e atualmente joga no Novo Hamburgo, de cara, pediu contraprova e explicou que a substância encontrada era reflexo de um tratamento para curar um câncer nos testículos. Mas o segundo exame também atestou positivo e ele, agora, precisará provar o tratamento.
Magrão contou, no dia 9 de abril, que quando atuava no Al Wahda, do Qatar, em 2012, teve diagnosticado um câncer nos testículos. Precisou passar por cirurgia e um duro tratamento para cura da doença. Por isso, periodicamente necessita de medicações que contém tais substâncias proibidas no esporte. Disse ter tudo documentado e pronto para apresentação.
De qualquer forma, a contraprova foi solicitada. Mas na última semana, o resultado do segundo exame seguiu o primeiro, atestando uma substância proibida na urina do atleta coletada após a partida contra o Internacional, pela terceira rodada do Campeonato Gaúcho, em fevereiro. A substância enquadra-se na tipificação 'hormônios ou reguladores metabólicos' e, segundo o médico da Federação Gaúcha de Futebol, Ivan Pacheco, se encaixa nas presentes em medicamentos para tratamento de câncer na área relatada pelo volante.
Agora o jogador precisará utilizar-se dos documentos para comprovar a necessidade de uso dos medicamentos. Ele está suspenso preventivamente por trinta dias. O caso está nas mãos do presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Estado (TJD-RS), Dr. Roberto Leite. Nesta quarta-feira, será encaminhado à procuradoria para denúncia. Que uma vez feita, dá prazo de cinco dias para defesa prévia do jogador.
Ele garantiu que caso seja punido poderá abandonar o futebol. Mas se conseguir liberação, poderá defender o Novo Hamburgo no restante da temporada.
Magrão passou São Caetano, Cruzeiro, Palmeiras, Corinthians, Inter, Náutico e América-MG antes de chegar ao Novo Hamburgo. Na carreira constam também passagens pelo futebol japonês e do Qatar. Ele foi campeão das séries A2 e A3 do Paulista pelo São Caetano, da Série B do Brasileiro pelo Palmeiras, de dois Campeonatos Gaúchos, da Sul-Americana e da Copa Suruga Bank pelo Inter, e também venceu um Campeonato do Qatar pelo Al Wahda.
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