Como a final do Gauchão vai testar o Inter para 'estilo padrão' na Série B
O Internacional está preparado para encarar a principal arma do Novo Hamburgo na final do Campeonato Gaúcho, que começa a ser disputada neste domingo, no Beira-Rio. A saída em velocidade de uma defesa fechada para o contra-ataque. E mais do que a possibilidade de conquistar o heptacampeonato estadual, o Colorado terá lições que podem ser valiosas para a Série B.
"O que pedimos é paciência, porque a maioria dos times que jogarão contra o Inter serão fechados e no contra-ataque", disse Antonio Carlos Zago em entrevista coletiva.
E a avaliação não se referia apenas ao Novo Hamburgo, considerado pelo técnico um 'especialista' neste tipo de jogada. Mas também à rotina que se avizinha. A disputa da segunda divisão na condição de único clube grande do torneio irá colocar o Internacional contra rivais aguardando em seu campo, da forma mais defensiva possível, aguardando falhas para atacar rapidamente.
Este é o diagnóstico que acompanha do Colorado desde o início da temporada. E encarar o Novo Hamburgo tomando os cuidados necessários pode testar a equipe para o objetivo principal: retornar à elite do futebol brasileiro.
"Temos que atacar marcando, pensando também em não levar gols. Sabemos como o Novo Hamburgo joga, é um time bom e experiente. Eu diria hoje que é o time a ser vencido, porque fez uma campanha muito boa e merece estar na final. Vamos nos preparar para fazer o melhor", disse D'Alessandro. "Nosso jeito de jogar não pode mudar. Em casa, sempre fomos um time que vai para cima e agride o adversário. Esperamos não levar gol e poder ter uma vantagem boa", afirmou Léo Ortiz.
No início da temporada, o Internacional apresentou problemas exatamente em jogadas de contra-ataque. Perdeu para o Novo Hamburgo, por exemplo, exatamente desta forma. Sofreu também contra Veranópolis e Passo Fundo em situações semelhantes. Mas aos poucos contornou tal situação e chega à decisão do Gauchão pronto para o teste mais forte visando a Série B.
"Éramos um time totalmente desacreditado no primeiro jogo. Jogadores sem confiança, rebaixados para a Série B, um treinador novo, uma diretoria nova... De lá para cá mudamos muito porque foram três meses de trabalho. Melhoramos a cada jogo e treino, e chegamos à decisão em um momento de crescimento na competição. É um time totalmente diferente, nem tanto em relação aos jogadores, mas é uma equipe com padrão de jogo diferente daquela oportunidade em que enfrentamos o Novo Hamburgo", finalizou Zago.
Inter e Novo Hamburgo abrem a decisão do Gauchão neste domingo às 16h (de Brasília), no Beira-Rio.
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