A Associação de Jogadores Italianos (AIC) decidiu convocar greve para os dias 11 e 12 de dezembro e paralisar a primeira divisão do futebol nacional. Mas a iniciativa não conta com apoio integral dos atletas do país. Jogadores das principais equipes manifestaram-se contrários ao adiamento da 16ª rodada em virtude das reivindicações do sindicato.
"A greve é um protesto extremo. Há outras manifestações efetivas. Os atletas estão certos em se unirem por seus direitos. Mas uma greve prejudicará o sistema do futebol na Itália", disse o goleiro Gianluigi Buffon, da Juventus.
Capitão da Inter de Milão, o lateral argentino Javier Zanetti clamou por uma conciliação rápida para evitar a paralisação do Italiano. "Este tipo de coisa acontece, mas é importante encontrarmos uma solução".
A AIC anunciou a decisão de entrar em greve na última terça-feira, após reunião com os organizadores do campeonato na federação italiana. O sindicato deseja evitar que o novo acordo coletivo tenha cláusula que permite aos clubes colocar para treinar em separado atletas que estejam fora dos seus planos na tentativa de forçá-los a aceitar uma transferência.
Os jogadores convocaram greve em setembro, mas, o movimento foi cancelado e tem recebido críticas.
A ministra da Juventude, Giorgia Meloni, chegou a dizer que o ‘"ireito de realizar greve é sério demais e não deve ser confundido com um protesto entre milionários".
"Gostaria de lembrar que o sindicato representa 2.800 jogadores, não só cem multimilionários. Joguei em todas as divisões e conheço a dificuldade de quem ganha 1.100 euros por mês e muitas vezes fica sem receber por longos períodos", falou Cristiano Lucarelli, do Napoli.
Atual pentacampeã nacional, a Inter de Milão não terá sua programação modificada caso a paralisação seja confirmada. Em virtude da participação no Mundial de clubes, o time só disputará sua partida da 16ª rodada, contra o Cesena, em janeiro.
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