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Materazzi reprova retorno de Leonardo à Inter e o compara a capitão que abandonou navio

O aposentado Materazzi disse prefirir Zidane a Leonardo; os 2 são desafetos do italiano - AP/Luca Bruno
O aposentado Materazzi disse prefirir Zidane a Leonardo; os 2 são desafetos do italiano Imagem: AP/Luca Bruno

Do UOL, em São Paulo

16/05/2012 11h10

O zagueiro italiano Marco Materazzi ainda não esqueceu os problemas que teve com Leonardo quando o brasileiro comandava a Inter de Milão em 2011. Em entrevista a Sky Itália, o polêmico defensor classificou como "estranha" a possibilidade do ex-lateral esquerdo voltar a trabalhar no clube e fez uma comparação. Para ele, Leonardo abandonou os jogadores assim como Francesco Schettino, comandante do Costa Concordia, que naufragou em janeiro deste ano.

LEONARDO FOI CRITICADO PELO ITALIANO

Materazzi defendeu a Inter por 10 anos e disse ter plena convicção de que Leonardo não é um bom capitão. "É muito estranho tudo isso, porque ele abandonou o navio a dois dias da retomada dos treinamentos", disse, referindo-se a rescisão amigável após a eliminação na Liga dos Campeões. As especulações dão conta de que Leonardo voltaria ao clube como dirigente, mesmo cargo que exerce no PSG.

Apesar das críticas, Materazzi disse que o abandono de Schettino mexeu com "vidas humanas", enquanto o de Leonardo aconteceu no futebol. Prova disso é que o comandante foi detido por homicídio múltiplo, imprudência, naufrágio e abandono de navio.

Em abril, o zagueiro já havia publicado em sua conta no Twitter sua revolta contra Leonardo. Um fã da Inter, pediu a volta dele e do brasileiro ao clube milanês. Na mesma hora, o defensor respondeu. "Com Leo nem morto... Somos diferentes!!! Eu sou verdadeiro, ele não ... e depois eu amo a Inter, ele não... particular não indiferente". 

O "amor" de Materazzi por Leonardo é tão grande que outro desafeto de Materazzi teria mais chance do que o brasileiro. Questionado se preferia Leonardo ou Zidade, ele escolheiu o ex-jogador francês. "Pelo menos ele sempre seguiu suas ideias e foi coerente, o que não é o caso", concluiu o zagueiro que na Copa de 2006, marcou um gol na finalíssima, mas ficou marcado mesmo pela cabeçada no peito que sofreu de Zidane após provocá-lo.