Jorge Wagner comemora "novo ânimo" são-paulino com triunfos na Copa Libertadores da América
O São Paulo vinha alternando bons e maus momentos sem passar confiança à torcida e aos próprios jogadores. Mas a classificação suada para as quartas de final da Copa Libertadores, conseguida apenas nos pênaltis diante do modesto Universitário do Peru deu novo fôlego e ânimo à equipe. É ao menos o que pensa o meia Jorge Wagner.
“A exigência era maior e precisávamos melhorar. Só aquilo não era suficiente para passar de fase e chegar até a final. Por isso houve um trabalho de conscientização para que a gente se juntasse e melhorasse o rendimento em campo”, disse, em entrevista ao programa Cartão Verde, da TV Cultura.
Depois da eliminação nas semifinais do Campeonato Paulista para o Santos, o São Paulo passou a ser muito questionado. Na primeira fase, na partida contra o Once Caldas, o técnico Ricardo Gomes já foi vítima das críticas da torcida e ouviu gritos de “burro”.
Inicialmente considerado tranquilo, o duelo contra o Universitário se complicou e a disputa foi para os pênaltis após o 0 x 0 em pleno Morumbi. A equipe avançou graças à estrela de Rogério Ceni que se redimiu e pegou dois pênaltis após perder a cobrança.
O resultado mexeu com o time que entrou em campo com postura bem diferente contra o Cruzeiro. No Mineirão, mostrou personalidade para vencer por 2 a 0 e abrir boa vantagem. Na volta, teve nova apresentação convincente que valeu a vaga nas semis com a repetição do placar na última quarta-feira.
Jorge Wagner disse não entender o motivo da falta de regularidade na temporada, marca registrada da equipe tricolor em anos passados. Para ele, o “trauma” de ter sido eliminado por times brasileiros nas últimas quatro edições do torneio continental é uma das explicações.
“É difícil explicar. Estou no São Paulo há quatro anos e vem acontecendo isso. Fomos eliminados, no Brasileiro começamos naquele marasmo e nos recuperamos no meio da competição”, afirmou.
Desde 2006, as quedas foram diante de Inter, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro. Mas para o jogador, o triunfo sobre o time mineiro superou o bloqueio pelo retrospecto recente. “Tinha essa mística de quando fomos eliminados. Mas acabou com tudo. Essa história ficou pra trás. Agora contra o Internacional será diferente”, avaliou, otimista.
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