UOL Esporte Libertadores
 
09/06/2010 - 07h00

De olho no bicampeonato, Inter define "Operação São Paulo"

Jeremias Wernek
Em Porto Alegre
  • Mohammad Youssef/Reuters

    Felipão pode treinar Inter diante do São Paulo

  • Washington Alves/VIPCOMM

    Adílson Batista é outra alternativa do clube gaúcho

Faltam 50 dias para o primeiro jogo das semifinais da Copa Libertadores contra o São Paulo, no estádio Beira-Rio. Mas o clube inteiro já pensa nos 180 minutos que podem deixar mais perto o sonho do bicampeonato continental. A mobilização é tanta que foi criado um movimento, extra-oficial. A “Operação São Paulo” consiste em uma reunião de esforços dentro e fora de campo. Por parte de jogadores e dirigentes, cada um em sua área.

“Estamos no meio da ‘Operação São Paulo’, temos que fazer de tudo para avançar na Libertadores, estamos bem próximos da final”, comentou um integrante do departamento de futebol do clube gaúcho. "Vale tudo para ganharmos", completou o cartola.

Na esfera burocrática, os cartolas procuram meios legais para a inscrição dos reforços Renan e Tinga. Além da contratação de um novo treinador e mais jogadores. No grupo de atletas, o espírito é de luta e entrega. No entanto, a ausência de um técnico barra o projeto, por enquanto, no vestiário.

Plano F e A

Nem bem Jorge Fossati tinha deixado o cargo, a diretoria vermelha já pensava em seu sucessor. Primeiro, Luiz Felipe Scolari. Prioridade, o técnico campeão da Copa de 2002 está envolvido no Mundial da África como comentarista e demoraria a chegar em Porto Alegre para tocar a “Operação”. Assim, o foco partiu para cima de Adílson Batista.

Depois de sair do Cruzeiro, o ex – zagueiro se reuniu com representantes do Inter e deixou claro do que precisa para chegar ao Beira-Rio. Quer poder trabalhar com seus auxiliares. Aí a cúpula parou para pensar. Seria possível acomodar os profissionais trazidos por Adílson em uma comissão técnica toda já estruturada? Pouco provável depois da experiência mal sucedida com Fossati.

Adílson, porém, tem a seu favor os jogos das quartas de final contra os paulistas. Para muitos no Inter, as partidas diante de Dagoberto, Fernandão e companhia agregam na preparação para o confronto da semifinal.

Reforços, já!

Eliminar o São Paulo não será fácil. O próprio Inter admite, mas acredita no jogo do dia 28 de julho, dentro do Beira-Rio, para encaminhar a vaga na decisão. “Não tenho dúvidas que o primeiro jogo é fundamental nas nossas pretensões”, disse o vice de futebol, Fernando Carvalho. A partida de volta, no estádio do Morumbi, está marcada para 4 de agosto.

DATAS DE INTER X SÃO PAULO

  • Estádio Beira-Rio (28 de julho) - 21h50min
  • Estádio Morumbi (4 de agosto) - 21h50min

Os primeiros reforços estão em Porto Alegre. Um deles, inclusive, treina normalmente, porém aguarda condições legais para atuar. O volante Tinga, 32 anos, foi repatriado da Alemanha. Expulso na final de 2006, dificilmente enfrentará o São Paulo no jogo em Porto Alegre. Renan, goleiro vendido ao Valencia há duas temporada, regressa da Espanha por empréstimo para ocupar a vaga de Lauro, que será punido pela Conmebol devido à briga em Quilmes, depois do jogo com o Estudiantes, em 20 de maio.

Além deles, o sonho é contar com Rafael Sobis. Meios para contar com o atacante que está no Al – Jazira não faltam. Obter um empréstimo com o xeque ou liberar algum atleta em troca direta. O nome de Andrezinho foi especulado para a negociação.

Atividade fora de campo

O Inter contava com o apoio do Clube dos 13 e seu presidente, Fábio Koff, para conseguir a antecipação na janela de transferências. No entanto não recebeu a resposta esperada. Será muito difícil ter êxito na jornada perante a entidade máxima do futebol nacional. “Dificilmente a janela sofrerá mudanças”, comentou, resignado, Carvalho.

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A meta era poder inscrever os novos jogadores nos primeiros dias de julho e vencer o prazo de 48 horas antes da primeira partida da semifinal para acrescentar ou trocar jogadores na lista enviada à Conmebol no início da Libertadores. Em Santa Catarina, depois do dia 20 de junho, a equipe inicia trabalhos físicos e outro para superar problemas crônicos do primeiro semestre. O primeiro a ser tratado é no ataque, que parou de fazer gols.

De toda forma, a manobra interna esbarra ainda na chegada do novo treinador. Será o comandante a peça chave para mobilizar os jogadores e inflar o grupo nos dois jogos contra o São Paulo.
 

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